No início da década de 1920, tal modelo cíclico para o universo já começava a ser considerado, por diversos físicos teóricos, como alternativa viável ao modelo do universo em expansão. Devido ao trabalho do matemático e cosmólogo Alexander Friedmann, a possibilidade de descrição de um universo oscilante foi matematicamente prevista ainda em 1922. Seu significado físico só veio a ser plenamente concebido 12 anos mais tarde, em 1934, quando o físico-matemático Richard Tolman propôs a hipótese do universo oscilante como modelo cosmológico.
Segundo a hipótese de Tolman, o universo passa por uma sequência de oscilações, cada qual começando com um “Big Bang” e terminando com um “Big Crunch”. Durante cada oscilação, o universo se expandiria por um certo período de tempo até que a atração gravitacional da matéria forçasse um colapso ao estado inicial – o chamado “Big Crunch” –, após o qual haveria um efeito de repique, conhecido como “Big Bounce”, e um novo ciclo se iniciaria. O próprio Tolman, porém, apontou um problema nesta descrição cíclica do universo à luz da segunda lei da termodinâmica – que afirma que a entropia nunca diminui no universo. Tolman percebeu que a consequência imediata da segunda lei da termodinâmica é que o período de cada oscilação deveria ser maior que o período da oscilação antecessora; extrapolando essa conclusão para um tempo anterior, chega-se à conclusão de que o universo deveria ter se originado em algum tempo finito no passado. A hipótese de Tolman, portanto, mostrava-se insuficiente para descrever o universo ao não explicar a origem do próprio tempo.
Segundo o texto, o que é a Teoria dos Ciclos Cosmológicos?