PRECE A ISHTAR
"Que, no rio, haja água de sobra,
Que no campo possa haver uma segunda colheita,
Que no pântano haja peixes e os pássaros façam muito ruído [...]
Que nas florestas os cervos e as cabras selvagens se multipliquem,
Que o jardim irrigado produza mel e vinho,
Que nos sulcos as alfaces e verduras cresça altas,
Que no palácio haja longa vida,
Que ao Tigres e ao Eufrates água da cheia seja trazida,
Que em suas margens a erva cresça alta, e posam os prados ser cobertos [...]".
In: CARDOSO, Ciro Flamarion. Antiguidade oriental: política e religião.
São Paulo: Contexto, 1990, p. 37. Apud: EDITORA MODERNA.
Projeto Araribá - História - 6º Ano. São Paulo: Moderna, 2014, p. 78
A ÁGUA QUE TRAZ VIDA
Os primeiros meses de 2014 no Brasil serão lembrados pela escassez e pelo excesso de chuvas. Neste ano, a seca nos estados do Sudeste fez cair o nível dos principais reservatórios, causando problemas de abastecimento de água na região. No Norte do país, as enchentes do Rio Madeira destruíram plantações, provocaram a morte de animais e deixaram milhares de famílias desabrigadas. A água que traz vida também pode provocar a morte, não é mesmo?
As primeiras sociedades sedentárias que se formaram na história também passaram por experiências semelhantes. A maior parte delas se formou às margens de rios e ficaram conhecidas como civilizações fluviais. Elas uniram o trabalho humano e a técnica para “auxiliar” a obra da natureza e evitar possíveis danos.
E no Brasil atual, o que tem sido feito para isso?