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Questão 06

Não posso ser o que tu querias que eu fosse. A minha paixão não se conforma com a desgraça. Eras a minha vida: tinha a certeza de que as contrariedades me não privavam de ti. Só o receio de perder-te me mata. O que me resta do passado é a coragem de ir buscar uma morte digna de mim e de ti. Se tens força para uma agonia lenta, eu não posso com ela.

Poderia viver com a paixão infeliz; mas este rancor sem vingança é um inferno. Não hei de dar barata a vida, não. Ficarás sem mim, Teresa; mas não haverá aí um infame que te persiga depois da minha morte. Tenho ciúmes de todas as tuas horas. Hás de pensar com muita saudade no teu esposo do céu, e nunca tirarás de mim os olhos da tua alma para veres ao pé de ti o miserável que nos matou a realidade de tantas esperanças formosas.

BRANCO, Camilo Castelo. Amor de perdição. Rio de Janeiro: Livraria Império Editora [S.d.]. Disponível em: . Acesso em: 2 jun. 2021.

O trecho da carta escrita por Simão para Teresa que foi apresentado revela a forma de expressão e os temas da Segunda Fase do Romantismo português, que são, respectivamente,

1 ponto

a) o sentimentalismo exacerbado e a morte vista como solução.

b) a reverência à mulher amada e a beleza feminina.

c) o pessimismo decadente e o amor concretizado.

d) o tom vingativo e o casamento bem-sucedido.

e) a linguagem coloquial e a paixão carnal.