Resposta:
O desenvolvimento tecnológico contribui em grande escala para o crescimento das cidades, e
estas, por representar uma totalidade de relações culturais, políticas, econômicas e sociais, são as
principais precursoras de uma nova reorganização do espaço, implicando na modificação das
paisagens associadas aos diversos impactos ambientais. O objetivo deste trabalho foi identificar
as características que contribuíram para o crescimento das cidades, analisando o processo
evolutivo ao longo dos últimos anos e as conseqüências desse crescimento, principalmente nos
ecossistemas costeiros, sobretudo, na cidade de Salvador. É notável, que a falta de planejamento
na estruturação das maiorias das cidades brasileiras, vem provocando conflitos entre o ambiente
natural e o crescimento físico-urbanístico principalmente nas grandes cidades, como por
exemplo, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, entre outras. Ou seja, quanto maior a cidade,
maiores serão os impactos ambientais, decorrentes do processo de urbanização acelerado sem
nenhuma infra-estrutura, ao manejo e ocupação informal do solo e a especulação imobiliária, os
quais acarretam as mais variadas formas de degradação dos ambientes urbanos, dentre eles, o
desaparecimento de áreas verdes, poluição do solo, do ar e das águas, principalmente dos rios que
além de canalizados são transformados em grandes canais de esgotos, através do lançamento de
resíduos e efluentes domésticos e industriais, além da degradação em áreas costeiras contribuindo
para a extinção de diversos ecossistemas. Nos ecossistemas costeiros (dunas, manguezais, praias,
etc.) há um verdadeiro equilíbrio natural entre as espécies, apesar de grandes vulnerabilidades
ambientais. Embora existam diversas leis de proteção ambiental no Brasil, nessas áreas
atualmente essas leis não estão sendo cumpridas.
