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Resposta:
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Explicação:
O desmatamento da Amazônia não é uma prática atual. O bioma, que ocupa cerca de 49,29% (4.196.943 milhões de km2) do território brasileiro nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Maranhão e Tocantins, mantinha-se preservado até a década de 1970 passou a sofrer com a retirada da cobertura vegetal a partir desse período.
Um dos contribuintes foi a construção da Rodovia Transamazônica (BR-230) entre 1969 e 1974. Ao longo dos anos, essa prática apresentou períodos de declínio e de aumento, cujas causas são comuns aos períodos bem como as consequências, que têm gerado inúmeros debates entre o governo federal, diversas instituições e ambientalistas. Sabemos que o bioma Amazônia exerce influência no equilíbrio ambiental do mundo todo e sua preservação é indiscutivelmente essencial para que esse equilíbrio seja mantido.
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Desmatamento nos últimos 30 anos
Como dito anteriormente, a construção da Rodovia Transamazônica. que corta o Brasil na direção leste-oeste com o objetivo de ligar a Região Norte do Brasil às demais regiões, deu início ao desmatamento na Amazônia. Essa construção de grandes proporções atraiu um grande contingente populacional para a área (que antes estava limitada às regiões litorâneas e ribeirinhas) e foi então que o desmatamento passou a desenvolver-se, especialmente às margens da rodovia, cujas áreas foram desapropriadas para atender às práticas agrícolas bem como projetos de colonização da região.|1|
Segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), criado na década de 70 a fim de fazer levantamentos quanto ao desmatamento da Amazônia, o governo federal passou a subsidiar a ocupação de terras na Amazônia a partir desse período, explorando economicamente algumas áreas. Anterior a este período, especificamente em 1953, o governo preocupou-se em criar meios para desenvolver a Região Norte econômica e socialmente, como o conceito de Amazônia Legal, que compreende a área dos estados que abrangem todo o bioma Amazônia e também o Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) que por meio de incentivos à expansão agrícola favoreceu o aumento do desmatamento. |2|
Dados apresentados pelo Inpe juntamente ao IBDF (Instituto Brasileiro para o Desenvolvimento Florestal) mostraram que foram desmatados cerca de 152.200 km2 no ano de 1978, sendo boa parte desse desmatamento realizado às margens das rodovias.
Durante a década de 80, o desmatamento aumentou para 377.600km2, o que passou a chamar a atenção do governo bem como de ambientalistas preocupados com a preservação do bioma dada a sua importância mundial. Devido a esse aumento, o governo federal solicitou ao Inpe em 1988 o desenvolvimento de um sistema que pudesse monitorar o desmatamento do bioma. Criou-se então o PRODES (Projeto de Monitoramento do Desmatamento da Amazônia Legal por Satélite).É importante dizer que há uma linha tênue entre a dinâmica econômica e as taxas de desmatamento, visto que quando a economia vai bem, aumenta-se a procura por terras para desenvolvimento de atividades econômicas. Posto isso, de acordo com pesquisadores do Inpe, em 1988 e 1991, as taxas de desmatamento apresentaram uma queda, caindo para 13.730 km2. Esses pesquisadores acreditam que essa queda está relacionada ao período de recessão econômica vivenciado no país durante esses anos.
Assim que a economia recuperou-se, por meio do Plano Real, em 1995, as taxas de desmatamento apresentaram um aumento significativo, subindo para cerca de 29.059 km2 de área devastada. Entre 1996 e 2000 as taxas de desmatamento apresentaram oscilações, com períodos de diminuição mediante à queda na inflação. Essas taxas mantinham-se entre 17.000 km2 e 18.000 km2.
No ano de 2004, o governo federal criou o PPCDAm (Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal), visando reduzir o desmatamento na Amazônia e buscar uma maneira de desenvolver a região de forma sustentável. Neste período criou-se também o DETER, um sistema de alerta e controle do desmatamento, feito pelo Inpe. A partir de então houve uma significativa redução das taxas de desmatamento, passando para aproximadamente 7.989km2, segundo o Ministério do Meio Ambiente, uma redução de 10% em 10 anos.
Essa redução perdurou entre os anos de 2008 a 2015, ficando entre 7.989km2 e 6.207km2. 2012 foi o ano que registrou o menor índice de desmatamento desde 1988, Foram desmatados cerca de 4.571 km2 de acordo com o PRODES. Neste período também foram criadas diversas unidades de conservação.
O PPCDAm apresentou uma meta de redução do desmatamento de 80% até 2020. Contudo, esta meta deixou de ser possível a partir de 2016, quando as taxas tornaram a aumentar. Nesse ano foram desmatados cerca de 6.947km2, aumentando para 7.900km2 entre os anos de 2017 e 2018, um aumento de 13,7% de áreas devastadas. Os estados com os maiores índices de desmatamento são Pará, Mato Grosso, Rondônia e Amazonas.
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