Leia este trecho do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente. “ANJO Ó cavaleiros de Deus, a vós estou esperando, que morrestes pelejando por Cristo, Senhor dos Céus! Sois livres de todo mal, mártires da Santa Igreja, que quem morre em tal peleja merece paz eternal
Gil Vicente traça um quadro crítico da sociedade portuguesa da época, porém poupa, por questões ideológicas e políticas, a Igreja e a Nobreza.
As figuras do Anjo e do Diabo, apesar de alegóricas, não estabelecem a divisão maniqueísta do mundo entre o Bem e o Mal.
O teatro de Gil Vicente é marcado pela dualidade do bem e do mal, céu e inferno, mas também de peças cômicas, como a Farsa de Inês Pereira que retrata a sociedade e suas intrigas cotidianas.
Por não ser preso aos valores cristãos, Gil Vicente não se preocupa em alcançar a consciência do homem, em lembrar-lhe que tem uma alma para salvar.
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