Bem-vindo ao Sistersinspirit.ca, onde você pode obter respostas confiáveis e rápidas com a ajuda de nossos especialistas. Descubra soluções detalhadas para suas dúvidas de uma ampla gama de especialistas em nossa plataforma amigável de perguntas e respostas. Descubra soluções detalhadas para suas dúvidas de uma ampla gama de especialistas em nossa plataforma amigável de perguntas e respostas.

Texto para a questão.
Chegando ao Recife, o retirante senta-se para descansar ao pé de um muro alto e caiado e ouve, sem ser notado, a conversa de dois coveiros.
– O dia hoje está difícil;
não sei onde vamos parar.
Deviam dar um aumento,
ao menos aos deste setor de cá.
As avenidas do centro são melhores,
mas são para os protegidos:
há sempre menos trabalho
e gorjetas pelo serviço;
e é mais numeroso o pessoal
(toma mais tempo enterrar os ricos).
– pois eu me daria por contente
se me mandassem para cá.
Se trabalhasses no de Casa Amarela
não estarias a reclamar.
De trabalhar no de Santo Amaro
deve alegrar-se o colega
porque parece que a gente
que se enterra no de Casa Amarela
está decidida a mudar-se
toda para debaixo da terra.
João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina.
Atente para as seguintes armações referentes ao excerto, considerado no contexto da obra à qual pertence.
I. No diálogo dos coveiros, no cemitério, o ponto de vista orientado pela morte revela-se o mais adequado para se apreender o conjunto da organização social a que remete o texto.
II. Embora seja macabro o assunto, usa-se o recurso do chiste e do humor negro para se expor os avessos da sociedade.
III. Na descrição dos cemitérios, a morte mostra-se antes como fenômeno social que natural.

Sagot :

Resposta:

O cara de cima tá certo tenho certeza