A educação brasileira sofreu mudanças ao longo da história do país. Mas ela ainda atravessa um impasse. Sempre destacada nos discursos políticos, ela não se estabelece de fato. Tanto na vida cotidiana quanto nas ações governamentais, há sempre descompassos e descaso. Debater esta questão é estar aberto a inúmeras interpretações. Porém, algumas questões são consenso. Entre elas:
Não há crise na educação brasileira. Para todos os teóricos, os avanços obtidos nos últimos 25 anos são considerados satisfatórios e caminhamos para uma estrutura de qualidade que promove a inclusão social por meio da escola.
Que a inexistência de crise na educação é por causa do papel que ela exerce na sociedade capitalista estabelecida no Brasil. A falta de qualidade no ensino facilita a dominação da classe burguesa estabelecida no poder.
O grande responsável pela falta de qualidade no ensino é o professor e seu desinteresse por uma escola de qualidade. Com uma remuneração acima da média internacional, os docentes não se preocupam com a formação dos alunos.
A educação é deficitária para as classes populares, independente de se considerar que ela está em "crise" ou não, mesmo que atenda aos interesses de uma classe dominante que se fortalece pela falta de instrução da maioria da população.