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Discorra sobre a filosofia de Heráclito.

Sagot :


Heráclito de Éfeso

Heráclito nasceu em Éfeso, na Jônia (atual Turquia), e é por muitos considerado o pensador mais eminente entre os pré-socráticos. Escreveu um livro, Sobre a Natureza, mas apenas algumas referências a ele nos chegaram. O livro era tão conciso e enigmático que Heráclito, já na Antigüidade, era conhecido como “o Obscuro” (Skoteinós).
Assim como seus contemporâneos, Heráclito procurou compreender a multiplicidade do real. Entretanto, diferentemente deles, Heráclito não recusou as contradições existentes na realidade, buscando apreendê-las no seu devir, isto é, na sua mudança. Neste sentido, para Heráclito, todas as coisas mudam sem cessar, de modo que o que temos diante de nós num determinado momento é diferente
do que foi a pouco e do que será depois. Uma das fontes que sustentam esta alegação é devida a Platão. Em seu Crátilo, Platão afirma:

Heráclito diz em alguma passagem que todas as coisas se movem e nada permanece imóvel. E, ao comparar os seres com a corrente de um rio, afirma que não poderia entrar duas vezes no mesmo rio [...] Heráclito retira do universo a tranqüilidade e a estabilidade, pois é próprio dos mortos; e atribuía movimento a todos os seres, eterno aos eternos, perecível aos perecíveis. (PLATÃO apud PRÉ-SOCRÁTICOS, 1996, p. 85).


Ainda segundo Heráclito, o ser é múltiplo, não apenas no sentido de que existe uma variedade muito grande de coisas, mas também por estar constituído de oposições internas. O que faz com que haja um fluxo contínuo de movimento não é apenas o aparecimento de novos seres, mas a luta dos contrários, pois “a guerra é pai de todos, rei de todos”. (PRÉ-SOCRÁTICOS, 1996, p. 85). É dessa luta entre opostos que nasce a harmonia: a síntese dos contrários. Heráclito representava o dinamismo de todas as coisas com a metáfora do fogo, forma visível da instabilidade, o símbolo da eterna agitação do devir.
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