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Aponte 3 (três) ações efetivas dos grupos que foram formados
com o intuito de unir os jovens negros para denunciar o
preconceito que sofriam, nas décadas de 1970, 1980 e 1990, no
Brasil?​

Sagot :

Resposta:

Há décadas, os movimentos negros reivindicam a ressignificação do marco. Diante de diversos registros históricos, sabe-se que não se tratou de uma concessão, uma bondade da herdeira do trono do então Brasil Império. O fim do regime escravista decorreu da resistência e da luta dos escravizados por liberdade, além de conjunturas econômicas locais e internacionais que impuseram a interrupção do trabalho forçado e não-remunerado à população negra.

Por isso, hoje é, na verdade, o Dia de Luta Contra o Racismo (e não o Dia da Abolição). Porque a abolição, de fato, não aconteceu por completo. Negras e negros conquistaram a liberdade física, mas foram entregues à própria sorte. Sem políticas reparatórias depois de quase quatro séculos de servilismo. Sem ações de inclusão social. Com o poder público financiando o acolhimento de imigrantes europeus. Algo cujo reflexo é sentido até hoje por negros e negras, já que o Brasil tem mais tempo de escravidão (388 anos) do que de liberdade (134 anos), o racismo é estrutural e dificulta – ou mesmo impede – a vida desses indivíduos em dimensões familiares, afetivas, penais, financeiras, intelectuais e históricas.

Daí a necessidade de questões como essas serem reafirmadas. Porque conquistar efetivamente essas independências, essas abolições, é um jeito de lutar contra o racismo. “Eu sou fruto do amor de uma mulher negra e de um homem negro que formaram uma família com base não só em amor, mas no orgulho diário da pele negra, de compreensão das relações raciais e da ainda atualidade das desigualdades na nossa sociedade. Esse amor e essa consciência, que eu também procuro passar pras minhas filhas, foram decisivos na minha escolha profissional. Mas tenho o entendimento de que ainda há muito a ser conquistado no âmbito dos direitos individuais e sociais da população negra”, afirma o defensor Rafael Pereira de Góis (foto), que atua em Tianguá.

Ele, como todos os membros da Defensoria Pública Geral do Ceará (DPCE), ocupa as trincheiras pela efetivação de direitos muitas vezes básicos, como o direito à família, negado de forma recorrente à população negra por ser ela a que mais é morta, inclusive por agentes do Estado, e também é a que mais superlota os presídios do país. Como se os lugares naturais de negros e negras

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