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Sagot :
Resposta:
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Apresenta-se a seguir um resumo da entrevista com a professora Magda Soares, especialista em Educação e doutora pela UFMG, para a TV Futura, sobre os métodos de alfabetização. A análise pode ser feita a partir de tópicos, pois trata-se de uma crítica pessoal referente ao assunto.
Sobre os métodos para alfabetizar
Magda diz que não há certo ou errado em relação ao método. A criança aprende a ler e escrever convivendo com a leitura e a escrita reais. Ninguém nega que, do ponto de vista cognitivo e linguístico, a criança precisa, para aprender a ler e escrever, fazer a relação dos sons com os desenhos que são as letras. A questão é que a criança pode aprender a leitura e a escrita ao mesmo tempo. É importante deixar que as crianças vivam num ambiente alfabetizador porque ela vai descobrindo o que são as grafias.
A criança precisa compreender que a escrita é usada para diversas finalidades e varia conforme o interlocutor. A professora pode ler para a criança a história "Chapeuzinho Vermelho" ou um texto de jornal. É preciso fazer uma aprendizagem de forma sistemática e sequencial e para isso é necessário que o professor trabalhe integradamente e apresente a especificidade da escrita e da fala. A criança precisa aprender estas relações (alfabetização), a escrever e a ler palavras, escrever sentenças e, até mesmo, escrever um texto. Há uma metodologia própria, com fundamentos linguísticos, fonológicos, cognitivos; por outro lado, é preciso desenvolver na criança as estratégias de leitura e a compreensão de vários gêneros de textos e de diferentes portadores de texto. Há crianças que demoram muito a descobrir que se grafa o som e não aquilo que falamos. Ela não está ouvindo o som e sim o significado. É da competência do professor fazer exercícios para que a criança perceba que a palavra é um som.
Sobre o livro didático
Os livros didáticos vão acompanhando as tendências do momento e estas, nem sempre, são muito claramente fundamentadas em pressupostos e alicerces da aprendizagem da linguagem escrita. Havia a cartilha de alfabetização focada no método global, ou seja, na relação som/fonema que partia do texto para chegar na relação fonema/letra. Eram textos falsos, não textos existentes, tais como: vovô viu a uva, Eva viu vovô etc. A criança de hoje deve se perguntar: que vovô é este? Que uva é esta? Por outro lado, há os construtivistas que rejeitam essa questão e trabalham um contexto de letramento e, muito amenamente, essas relações do som com as letras.
Atualmente, há livros que tentam fazer as duas coisas de uma maneira desajeitada, utilizando uma parte construtivista e depois uma parte fonológica, sem que a integração fique clara. Se o professor for bem formado, ele saberá o que fazer na sala de aula, observará a forma como a criança aprende, acompanhará e fará as interferências necessárias.
Sobre a prática de ensino/aprendizagem
As relações e interações entre a teoria e a prática de ensino/aprendizagem constroem o conhecimento. A prática do professor permite perceber quais elementos da teoria podem ser aplicados e aquilo que não funciona. É necessário que haja mais pessoas que entendam aquilo que se aprende e como se aprende, além de pessoas que tenham compromisso com a escola pública. Este trabalho, apesar de apresentar dificuldades constantes e permanentes, é gratificante.
Explicação:
Texto retirado do site da faculdade metropolitana pós graduação de Alfabetização e Letramento.
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