O poema de Fernando Pessoa descreve as navegações de Portugal e as tentativas de atravessar o Cabo do Bojador, onde milhares acabaram naufragando nas tentativas de realizar as rotas marítimas para o comércio nas índias. Sobre esse poema, e nos fatos históricos que foi baseado, podemos responder as questões da seguinte maneira:
O poema narrado por Fernando Pessoa está retratando o início da expansão marítima e comercial que deu-se nos séculos XV e XVII, onde teve como pioneira o Estado de Portugal.
Entre os séculos XV e XVI a Europa vivenciou um alargamento nas fronteiras geográficas que foi possível através da utilização do Oceano Atlântico para interligar as economias da Europa, da África, da Ásia, e das Américas.
Esse alargamento de fronteiras consequentemente intensificou os fluxos comerciais e as informações entre os "mundos" sendo considerado como responsável pelo primeiro processo de globalização.
O domínio das rotas pelos árabes e venezianos no mar Mediterrâneo e as diversas restrições ao comércio impostas pelos turco-otomanos após a tomada de Constantinopla em 1453, impediam as atividades lucrativas às burguesias dos Estados Nacionais europeus.
Com isso, tendo em vista o Estado de Portugal o qual foi pioneiro nas expansões, Portugal tendo se centralizado politicamente muito cedo, e ainda possuindo uma burguesia mercantilista, iniciou o processo de investimento nas navegações para realizar novas rotas comerciais que permitiriam a chegas até as índias e garantir o aumento das riquezas nacionais.
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