gente me ajudaaaaa
preciso de um pequeno resumo !!
sobre esse texto !!
Uma simples pergunta
pode ser mais explosiva do que mil respostas.
Conheces a história dos trajes novos do rei, Sofia?
Na realidade, o rei ia nu, mas nenhum dos seus súbditos ousou dizê-lo. E,
de repente, uma criança exclamou que o rei estava nu. Era uma criança corajosa,
Sofia.
Deste modo, também Sócrates ousou esclarecer quão pouco os homens
sabem. Já falamos acerca da semelhança entre filósofos e crianças.
Vou ser mais preciso: a humanidade é confrontada com questões
importantes, para as quais não encontra facilmente as respostas corretas. Temos,
então, duas alternativas: podemos enganar-nos a nós mesmos e ao resto do
mundo e fingir que sabemos tudo o que é preciso saber. Ou podemos fechar os
olhos perante as grandes questões e desistir de uma vez por todas de ir mais
longe. Desta forma, a humanidade divide-se em duas partes. Em geral, os
homens ora estão totalmente seguros ou são indiferentes.
(Uns e outros rastejam na pele do coelho!) É como as cartas, quando se
divide um baralho. Colocam-se as cartas pretas num monte e as vermelhas num
outro. Mas de vez em quando surge um curinga no baralho, que não é copas nem
paus, nem ouros nem espadas. Sócrates era como um curinga em Atenas. Não
tinha certezas absolutas, nem era indiferente. Sabia apenas que nada sabia — e
isso preocupava-o, por isso se tornou filósofo — uma pessoa que não desiste e
que procura incansavelmente o saber.
Conta-se que uma vez um ateniense perguntou ao oráculo de Delfos quem
era o homem mais sábio de Atenas. O oráculo respondeu: Sócrates.
Quando Sócrates soube disso ficou verdadeiramente admirado. (Acho que
ele riu, Sofia!) Foi imediatamente para a cidade e procurou alguém que fosse
tido por ele e por outros como sábio. Mas quando se provou que esse homem
não conseguia responder com clareza às suas perguntas, Sócrates reconheceu por
fim que o oráculo tinha razão.
Para Sócrates, era importante encontrar um fundamento seguro para o
nosso conhecimento. Acreditava que esse fundamento residia na razão humana.