Durante parte da Idade Média e da Moderna se desenvolve uma profunda aliança entre poder eclesiástico e poder político. Assentando-se na compreensão de que todo poder pertence a Deus, nesse período ocorre a propagação da ideia de que os governantes (Reis, Monarcas etc.) seriam representantes de Deus na Terra, influenciando o aparecimento de teorias do direito divino de governar.Assinale a alternativa que apresenta corretamente a posição defendida por Tomás de Aquino (1226-1274) com relação a questão da obediência aos governantes.
A - Para Tomás de Aquino, em hipótese alguma o povo pode revoltar-se contra o governante, ainda que ele seja tirano, nem destituí-lo do poder, porque se Deus o colocou no poder, então somente Ele pode tirá-lo.
B - Tomás de Aquino afirma que desobedecer ou desrespeitar um soberano cristão seria uma ofensa a Deus. Assim, devemos obediência irrestrita ao governante que se diz cristão.
C - Tomás de Aquino defende que o abuso do poder por parte do governante dá direito ao povo de revoltar-se contra ele e nomear outro governante mais moderado e justo. E que o povo, como punição, teria o direito de matar o tirano cruel.
D - Tomás de Aquino defende que o povo não deve obediência a um governante que abandone a busca pelo bem comum e torne-se tirano e cruel. Neste caso, o povo poderia levantar-se em revolta contra o tirano, destituí-lo do poder e escolher outro governante mais justo e moderado. Mas o povo não poderia matar o tirano.
E - Tomás de Aquino, como fiel seguidor das doutrinas da Igreja, concorda que se deve ter obediência e respeito incondicional aos governantes, pois eles representam a vontade de Deus.