(ENADE, 2016) Um homem com 74 anos de idade chega ao Pronto Socorro de um hospital, acompanhado da esposa, com disfunção respiratória, consciente e relatando forte dor em tórax e abdome. Recebe, no acolhimento, classificação de risco e é levado à sala de emergência. Durante o atendimento, a esposa entrega os resultados de tomografia computadorizada que revelam diagnóstico de carcinoma brônquico em estágio avançado, com metástases ósseas e hepáticas. Tenta argumentar com a equipe de saúde, sem sucesso, a respeito da decisão do esposo de "não receber nenhuma medida invasiva", de não ficar sozinho e de ter ciência de sua terminalidade. Entretanto, não é permitida a sua presença durante o atendimento do marido, que é entubado e encaminhado à unidade de terapia intensiva (UTI). Três horas mais tarde, no horário de visitas, que dura 30 minutos, esposa e filhos não conseguem interação com o paciente, que se encontra em estado comatoso induzido por medicamentos. A esposa conversa com o médico e a enfermeira de plantão, relatando a vontade do esposo e recebe a orientação de voltar no dia seguinte para conversar com o médico responsável. Solicita permanecer junto ao esposo, pedido que lhe é negado em razão das rotinas da UTI. Mais tarde, no mesmo dia, a enfermeira e a equipe médica comunicam-lhe o óbito do paciente. Considerando a Política Nacional de Humanização, a Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde e os Princípios da Boa Morte, presentes no Caderno de Humanização na Atenção Hospitalar, avalie as afirmações a seguir, acerca da assistência a ser prestada a esse paciente e à sua família: I- Dado o quadro clínico do paciente, deve-se priorizar a realização dos procedimentos de suporte de vida, a despeito da vontade anteriormente expressa pelo paciente à família. II- Ao paciente deveria ter sido assegurado o direito à escolha de alternativa de tratamento e à recusa do tratamento proposto. III- Com base nos Princípios da Boa Morte, a equipe de saúde deveria ter assegurado ao paciente o controle sobre quem estaria com el