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Sagot :
Ao decorrer dos anos, as mulheres passaram por várias lutas para conquistar direitos e igualdade de gênero. Lutaram pelos direitos trabalhistas, pelo direito ao voto e contra as opressões dentro do ambiente familiar. Combater o sistema estrutural no qual oprimia e dominava seus corpos com o intuito de manter como mulheres dentro de casa para cuidar dos filhos e dos afazeres domésticos, inviabilizando suas vidas políticas e o trabalho fora de casa.
Por meio das lutas feministas, vários outros movimentos ganharam visibilidade no combate como causas das mulheres. Com a evolução da sociedade e do modelo estrutural vigente, outras questões foram levantadas, surgindo novas vertentes do feminismo, que procuram corrigir as diferenças sociais e políticas de cada grupo.
A primeira onda feminista teve início no final do século XIX, conduzido por mulheres do Reino Unido e dos EUA, brancas e de classe média. Essas mulheres buscavam os princípios incorporados pela Revolução Francesa, de liberdade, igualdade e fraternidade, visto que eles eram apenas aos homens. Para além disso esse grupo de mulheres visavam a conquista de igualdade jurídica, como o direito ao voto e os critérios a casamentos arranjados. Elas queriam uma relação mais proporcional e equilibrada no casamento.
Na incessante luta pela igualdade, duas importantes pensadoras intelectuais colaboraram na realização de documentos pela busca de direitos:
A primeira delas é a francesa Olympe de Gouges, quem escreveu o panfleto “A declaração dos direitos da mulher cidadã“, em 1791, o qual estipulava direitos iguais como mulheres.Além da francesa, Mary Wollstonecraft – feminista, nascida em Londres que publicou o texto “Reinvindicação dos direitos das mulheres” em 1792, onde contestava pensadores iluministas do século XVIII, que tinha como intenção a submissão das mulheres.
Gouges, Wollstonecraft e várias outras mulheres que lutavam na reinvindicação de seus direitos, não alcançaram os direitos por qual lutavam. Foi apenas no século seguinte, na Inglaterra, no ano de 1897, por meio do movimento sufragista – que buscava o direito ao sufrágio feminino (direito ao voto), que as mulheres conseguiram maior visibilidade.
A educadora Millicent Fawcett, em 1987, fundou a União Nacional pelo Sufrágio Feminino no qual formulava requerimentos formais para a Assembleia Legislativa. A luta pelo sufrágio no Reino Unido também se associou as mulheres trabalhadoras para combater a exploração da época.
Dentre as mulheres que participaram do movimento, Emily Davidson fez história. A feminista, em 1913, se jogou debaixo do cavalo do rei da Inglaterra, ocasionando na sua morte. Foi a partir desse acontecimento que o movimento ganhou força.
Contudo, o que realmente mudou a concepção dos políticos a favor do voto foi a Primeira Guerra Mundial. Com a mudança dos homens para o campo de batalha, houve uma grande diminuição da mão-de-obra masculina e como consequência como mulheres assumiram vários lugares exclusivos dos homens, como nas fábricas e nos escritórios. O papel que a mulher apresentava na sociedade mudou dos conflitos da guerra. O voto feminino só foi permitido em 1918, no Reino Unido e, em 1919 no Estados Unidos.
O feminismo é fundamental para resolver as questões relacionadas às desigualdades de gênero que foram construídas cultural, social e historicamente. Ao longo dos séculos, testemunhamos a incessante luta das mulheres na busca por princípios e igualdade.
O feminismo se associa a essa luta contra uma sociedade imposta que explora uma única classe com a proposta de manutenção do trabalho. Tal exploração serve como mecanismo da mão-de-obra para manter o capitalismo, por isso é necessário falar sobre o feminismo, a violência, os interesses políticos do estado, o empobrecimento da população e as questões de gênero.
Diante das diferenças sexuais, a sociedade criou o gênero feminino e o gênero masculino, o homem e a mulher, atribuindo funções diferentes para cada um deles. Temos os papéis direcionados para mulheres, como “cuidar dos filhos e da casa” e, direcionados aos homens, como “manter o sustento da família” e “garantir o domínio da propriedade”.
Essas diferenças existem devido ao modelo patriarcal e machista, no qual coloca a figura feminina como frágil, sempre necessitando de uma dependência masculina. Isso vem de uma construção histórica e cultural. A questão de gênero sempre foi levada em conta na manutenção dessa estrutura.
“A questão de gênero é importante em qualquer canto do mundo. É importante que comecemos a planejar e sonhar um mundo diferente. Um mundo mais justo. Um mundo de homens mais felizes e mulheres mais felizes, mais autênticos consigo mesmos. E é assim que devemos começar: precisamos criar nossas filhas de uma maneira diferente. Também precisamos criar nossos filhos de uma maneira diferente.”
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