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Um novo olhar sobre as razões da
conquista espanhola
Cortez chegou ao México com apenas 508 homens e Pizarro entrou no
Peru com 180. Como foi então que centenas de espanhóis conseguiram vencer
milhões de nativos? Essa é uma pergunta que sempre provocou a curiosidade dos
historiadores.
Segundo o historiador Matthew Restall, a conquista espanhola da América
deveu-se a quatro fatores principais.
O primeiro e mais determinante foram as doenças trazidas pelos europeus e
contra as quais os corpos indígenas não tinham resistência; essas doenças, como
sarampo, varíola e gripe, mataram mais do que as armas de fogo. O sucessor de
Montezuma foi uma dessas vítimas: reinou por apenas 80 dias e morreu de varíola.
O segundo: os espanhóis souberam
aproveitar a desunião e a rivalidade
entre os ameríndios. Tanto os astecas
quanto os incas tinham muitos inimigos,
que formaram verdadeiros exércitos indígenas para ajudar os espanhóis a tomar
as terras astecas e incas. Para conquistar Tenochtitlán, por exemplo, Cortez
contou com a ajuda do povo tlaxcalteca.
O terceiro fator foram as armas dos
conquistadores, com destaque para a
armadura de ferro e a espada de aço
(resistência), o cavalo (mobilidade) e as
armas de fogo, com um poder destrutivo superior ao dos indígenas e que,
no caso do canhão, impressionavam
também pelo barulho que faziam.
O quarto fator foi o fato de
os espanhóis saberem muito mais
sobre os astecas e os incas do que
estes sobre eles. Os espanhóis
procuraram se informar a respeito
das discórdias e disputas entre os
indígenas e estimularam a guerra
entre eles, aliando-se a um dos
grupos. Vencida a guerra, apossavam-se de tudo e submetiam,
inclusive, seus aliados.
Some-se a isso o fato de os
espanhóis usarem intérpretes e
guias nativos ou náufragos para
conhecer os pontos fracos de seus
adversários.
Calcula-se que, na data da
chegada de Colombo (1492),
viviam na América cerca de 57
milhões de ameríndios. Em 1560,
restavam cerca de 10 milhões! Essa
diminuição brusca da população
ameríndia é considerada pelo pesquisador Tzevetan Todorov como
uma das maiores tragédias da história humana.
Entretanto, segundo o historiador Matthew
Restall, a conquista espanhola da América não foi
rápida nem total. A tomada de Tenochtitlán, em
1521, e de Cuzco, em 1533, significou a conquista das
capitais dos impérios asteca e inca e não do território desses impérios como um todo. A expansão dos
conquistadores espanhóis em território americano
foi gradual e encontrou sérias resistências por parte
dos indígenas. Os maias, por exemplo, organizaram
várias revoltas contra os espanhóis nas décadas que
se seguiram à Conquista .
Após a leitura , resuma em seu caderno as 4 causas apontadas pela vitória dos espanhóis sobre as populações indígenas da América.


Sagot :

Resposta:

  1. Doenças: o contato dos nativos com doenças trazidas pelos europeus foi mortal. A varíola, principalmente, dizimou vilas e tribos inteiras de maneira epidêmica e fulminante;
  2. Superioridade de armas: as armas utilizadas pelos espanhóis eram notadamente superiores, pois as armaduras de metal dos espanhóis garantiam importante proteção, além do uso de espadas, bestas, arcabuzes etc.
  3. Alianças: a conquista dos incas e astecas só foi possível porque inúmeros outros povos conquistados por incas e astecas aliaram-se aos espanhóis na esperança de se libertarem dos seus algozes.

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