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Sagot :
Resposta:
O legado musical africano é outro ponto abordado no livro, desde os batuques originários dos escravos até suas derivações rítmicas, como o maracatu, o jongo, o cateretê, o caxambu, o samba de roda, o lundu, entre outros. De acordo com a obra, vêm das civilizações conguesa e iorubana as duas matrizes africanas básicas, que dão sustentação ao que se produz e ao que se ouve no Brasil. “A civilização iorubana, a Fon/Gêje e a angolana, ofereceram a estrutura da música religiosa afro-brasileira. O culto aos antepassados é enriquecido pelo uso do agogô, adjá e xeré, instrumentos utilizados durante os rituais. As maiores influências africanas na construção da música brasileira vieram da diversidade de ritmos, danças e instrumentos”, completa a coautora da obra, Rita.
Na tradição oral africana, responsável por transmitir a história, mitos e costumes de uma geração para outra, tudo ocorria através do canto e da dança, ao som dos tambores, inclusive o contato com as divindades – o transe. “O tambor era o mais importante instrumento musical, em diferentes formatos e tamanhos. Outros instrumentos de origem africana, hoje comuns na música popular brasileira, são o xequerê, o agogô, a cuíca, o chocalho, o pandeiro, o ganzá e o berimbau”, conta Rita. Logo, no Rio do início do século XIX, em que conviviam negros livres e cativos, com a classe média emergente e a Corte, surgiu o casamento entre dois gêneros musicais: a modinha portuguesa e o lundu africano. No final do século XIX que surgiu dessas misturas foi o maxixe, considerado a primeira dança urbana criada no País.
As origens do samba, a formação das escolas e o Carnaval carioca, o choro e a bossa-nova e a música popular brasileira, que despontou também como instrumento de resistência cultural durante o período do regime militar (1964-1985), os ritmos que se misturam no cenário carioca do pop, brega e rock, o funk e a música clássica no Rio são abordados no decorrer da obra, em diferentes capítulos. “Trata-se de uma ode ao Rio de Janeiro. O livro é uma celebração da história, geografia e musicalidade da cidade”, diz Flavia.
Afinal, como ela arremata na conclusão da obra, “a felicidade, original, simples e democrática, é carioca”. A pesquisadora ressalta que, como a cidade acolhe pessoas vindas de vários lugares do Brasil e do mundo, a música que aqui se produz influencia e é influenciada pelas pessoas que acolhe. “Gostar de MPB é gostar da identidade cultural brasileira. É preciso difundir esse gosto entre as novas gerações, que muitas vezes desconhece nossa história musical”, destaca Flavia, que também se dedica, na FFP/Uerj, juntamente com Rita, a ministrar oficinas de apreciação musical para os alunos, que também são professores.
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