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Os africanos não escravizavam africanos, nem se reconheciam então como africanos. Eles se viam como membros de uma aldeia, de um conjunto de aldeias, de um reino e de um grupo que falava a mesma língua, ti- nha os mesmos costumes e adorava os mesmos deuses. [...] Quando um chefe [...] entregava a um navio europeu um grupo de cativos, não estava vendendo africanos nem negros, mas [...] uma gente que, por ser considera- da por ele inimiga e bárbara, podia ser escravizada. [...] O comércio transatlântico [...] fazia parte de um proces- so de integração econômica do Atlântico, que envolvia a produção e a comercialização, em grande escala, deaçúcar, algodão, tabaco, café e outros bens tropicais, um processo no qual a Europa entrava com o capital, as Américas com a terra e a África com o trabalho, isto é, com a mão de obra cativa. COSTA E SILVA, Alberto. A África explicada aos meus filhos. Rio de Janeiro: Agir, 2008. (Adaptado.) O texto: a) defende a separação entre homens livres e escravos com base nas características raciais dos indivíduos. b) demonstra a rejeição do comércio de escravizados pelos líderes dos reinos e das aldeias então existen- tes na África. c) diferencia a escravidão que havia na África da que existia na Europa ou nas colônias americanas. d) afirma que a presença europeia na África e na Améri- ca permitiu maior integração e colaboração interna