ÉTICA E DIREITOS HUMANOS
Objetivos da aula: relembrar como os princípios éticos e valores morais são exercidos nas mais diferentes religiões e a relação entre direitos humanos e liberdade religiosa. REGRA DE OURO: Vamos relembrar a ética nas religiões a partir do que chamamos de regra de ouro. Regra de ouro é um código de ética universal (válido para todas as religiões e culturas) que consiste em tratar os outros da maneira que você quer ser tratado. Está presente na grande maioria das correntes religiosas e em diferentes culturas do mundo. É uma postura ética que envolve reciprocidade (correspondência mútua), empatia (capacidade de se colocar no lugar dos outros). A regra de ouro aparece pela primeira vez há 3.000 a.C. na tradição védica Indiana, que dizia: “Não faça aos outros o que não quereis que seja feito a ti; e deseja para os outros o que deseja e esperas para ti mesmo.” Independente da cultura, da época, da localidade, várias culturas estabeleceram uma regra de conduta muito semelhante a essa. Vamos acompanhar algumas delas na sequência Regra de ouro na sabedoria Oriental: Confucionismo: “O máximo da amável benevolência (bondade, boa vontade) é não fazer aos outros aquilo que não gostaria que eles fizessem a ti.” Budismo: “Não trates os outros de um modo que tu mesmo considere danoso (que causa dano, faz mal).” Xintoísmo: “Sê caridoso com todos os seres; o amor é o representante de Deus.” Observe que no Xintoísmo a boa conduta é estendida a todos os seres, não apenas ao ser humano, pois nós, seres humanos, fazemos parte da natureza, somos também natureza. Outra observação a ser feita é de que apesar do Xintoísmo se referir a Deus, um ateu ou agnóstico também pode seguir essa regra, pois se trata de uma regra de boa conduta, de boa convivência. Regra de ouro na sabedoria Ocidental Cristianismo: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Deste mandamento depende toda a lei dos profetas.” Islamismo: “Ninguém é verdadeiramente crente se não deseja para o irmão o que deseja para si mesmo.” Regra de ouro na sabedoria Indígena e Africana: Indígenas Americanos: “O respeito por todas as formas de vida é fundamental” Provérbio Yorubá (Africano): “Quem pegar um bastão afiado paraDIREITOS HUMANOS
O que são Direitos Humanos? Os direitos humanos são direitos inerentes (pertencem) a todos
os seres humanos, independentes de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião, ou qualquer
outra condição. São eles o direito à vida, à liberdade, à liberdade de opinião e de expressão, o direito
ao trabalho, à educação entre muitos outros. Mesmo que estes direitos nos pertençam, temos que
continuamente lutar por eles. Pois, há sempre alguém disposto a nos privar deles. Por isso, foi
necessário que pessoas redigissem um documento onde todos esses direitos foram listados, para que
não esqueçamos deles.
Declaração Universal dos Direitos Humanos: A Declaração Universal dos Direitos Humanos
foi adotada pela Organização das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, depois dos horrores
cometidos durante a Segunda Guerra Mundial. Um dos objetivos fundamentais tem sido promover e
encorajar o respeito aos direitos humanos de todos. O direito à fé, religião estão listados nessa
declaração.
O direito à religião e a mudar de religião estão assegurados. Para finalizar vamos acompanhar
um trecho da Declaração que mostra o quanto a redação desse documento é importante para a
humanidade. “O desconhecimento e o desprezo dos direitos humanos conduziram a atos de barbárie
que revoltam a consciência da Humanidade, e o advento de um mundo em que os seres humanos
sejam livres de falar e de crer, libertos do terror e da miséria, foi proclamado como a mais alta
inspiração do Homem. Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.”
1- O que se entende por Regra de Ouro?
2- Como a Regra de Ouro é importante para uma convivência saudável
entre as pessoas e a tudo que nos cerca?
3- Escolha uma das regras de ouro apresentadas no texto e comente
sobre ela.
4- Pesquise o que diz o Artigo nº 18 da Declaração Universal dos
Direitos Humanos quanto à liberdade de pensamento e da religião.
