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Leia o texto a seguir para responder às questões.

Rússia - Brasil
Eu não nasci no Brasil, sou imigrante. Nasci na Rússia. [...] O país estava em plena guerra civil, havia mesmo fome na cidade, os alimentos estavam racionados, a vida era muito difícil.

Então, meus pais, que eram cidadãos letonianos, resolveram voltar para Riga, capital da Letônia, um dos pequenos países do mar Báltico. [...]

Mas também em Riga a vida não era fácil. A situação econômica era ruim, a política, pior ainda, e as coisas não andavam boas para os meus pais, gente de classe média remediada. Até que a situação se tornou insustentável, e meus pais resolveram sair do país, tentar arrumar a vida em outras terras. [...]

Então, como foi que nós viemos parar aqui? Simples: era impossível ir para os Estados Unidos, por causa das "cotas" de imigração vigentes: cada país só tinha direito de "exportar" para lá um determinado número de emigrantes, e a cota da Letônia para os Estados Unidos estava esgotadíssima. [...] Já o Brasil, naquelas décadas de 1920 e 1930, não só recebia os imigrantes de braços abertos, como até os chamava, oferecendo toda sorte de facilidades para quem quisesse vir se fixar aqui. É que o Brasil estava, naquele pós-guerra, necessitado de mão de obra para a lavoura e para a incipiente indústria, e aquelas chamadas visavam principalmente aos imigrantes proletários: camponeses, operários e artesãos, os quais, de fato, vieram em verdadeiras levas. A história dessa imigração maciça – de italianos, espanhóis, japoneses, poloneses, judeus, árabes e filhos de tantos outros povos – depois da Primeira e antes da Segunda Guerra Mundial – é toda uma epopeia.

Mas existe um outro tipo de emigrante, bem menos numeroso, que não pertencia àquela maioria de lavradores, trabalhadores braçais, operários "anarquistas graças a Deus", procurando escapar da pobreza e falta de perspectiva em que viviam nos seus países de origem.

Eram os outros emigrantes, os que tiveram de deixar suas pátrias por motivos vários, muitas vezes políticos, econômicos, também problemas legais e outros. Estes não eram proletários, e sim gente de classe média, profissionais liberais, comerciantes, intelectuais – gente da chamada burguesia urbana, de vários tipos e níveis. [...] É desse tipo de emigrante que fazíamos parte, a minha família e eu.

Então, sou – ou fui – imigrante. Mas sou brasileira, como consta no meu "RG" – casada com brasileiro, com filhos e netos brasileiros: marido santista, filhos, netos e bisnetos paulistanos. E que ninguém venha me dizer que, por ser naturalizada (com o jamegão de Getúlio Vargas no meu título de naturalização), eu sou estrangeira. Costumo dizer que sou, quiçá, mais brasileira que boa parte dos brasileiros natos. Porque a verdade é que, neste país de jovens, a maioria da população aqui nascida "não está no Brasil" há mais de setenta anos, como eu... [...]

BELINKY, Tatiana. Transplante de menina: da Rua dos Navios à Rua Jaguaribe. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2003. p. 4-7.

1.a)
Identifique o narrador da história. Ele participa ou não dos eventos narrados? Retire evidências do texto que justifiquem sua resposta.


1.b)
Quem é a personagem principal da narrativa? Descreva as características apresentadas no texto.


1.c)
Identifique no texto marcadores do espaço e do tempo dessa narrativa.


1.d)
No desfecho da história, a narradora diz: "Costumo dizer que sou, quiçá, mais brasileira que boa parte dos brasileiros natos". Explique como a narradora justifica o significado dessa frase.


1.e)
O propósito do texto é:

A
rememorar a vinda da narradora para o Brasil.

B
provar que foi difícil imigrar para os Estados Unidos.

C
associar a origem do amor ao Brasil à imigração nos anos 1920 e 1930.

D
apresentar o panorama histórico entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.

Sagot :

QUESTÃO 1, Quem é o narrador da história?

O narrador da história é uma imigrante, e ela participa dos eventos narrados. Veja abaixo trechos que evidenciam sua participação:

"Nasci na Rússia."

"Então, como foi que nós viemos parar aqui?"

"É desse tipo de emigrante que fazíamos parte, a minha família e eu."

Obs.: note os verbos em primeira pessoa.

LETRA B: Quem é a personagem?

A personagem principal da narrativa é uma imigrante nascida na Rússia, pertencente a uma família de classe média, que deixou sua terra natal buscando melhores condições de vida.

LETRA C: Marcadores de espaço

Marcadores do espaço e do tempo vistos na narrativa:

"Já o Brasil, naquelas décadas de 1920 e 1930..."

"É que o Brasil estava, naquele pós-guerra..."

LETRA D: Mais brasileira que muitos

A narradora justifica que é mais brasileira do que muitos brasileiros natos afirmando que, por o Brasil ser um país de jovens, a maior parte da população nascida no país está nele há menos tempo que ela.

LETRA E: Propósito do texto

O propósito do texto é rememorar a vinda da narradora para o Brasil, que relembra e conta a ocasião. Assim, faz-se correta a LETRA A.

Emigrantes x Imigrantes x Migrantes: https://brainly.com.br/tarefa/2474984

#SPJ1

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