Dados oficiais e pesquisas recentes têm apontado que, diferentemente de tempos passados, a maior parte das pessoas que busca no sistema educacional brasileiro oportunidades de estudos acelerados em horário noturno não são adultos ou idosos analfabetos, mas, principalmente, adolescentes e jovens pobres que, após realizar uma trajetória escolar descontínua, marcada por insucessos e desistências, retornam à escola em busca de credenciais escolares e de espaços de aprendizagem, sociabilidade e expressão cultural. Esse processo é um fenômeno:
Que se deve à combinação de fatores ligados ao mercado de trabalho e ao sistema educativo, potencializados pela redução da idade mínima para frequentar a EJA (LDB, 1996).
Que se segue os direcionamentos dos educadores e pesquisadores da Educação quando tratam do Ensino de Jovens e Adultos.
Que está presente na educação de jovens e adultos desde os anos 1940, quando o governo brasileiro criou o Ensino Supletivo.
Que se constitui numa estratégia oficial para aproximar os estudantes jovens e os adultos analfabetos em uma mesma turma.
Que, segundo Paulo Freire, é resultante de um processo de opressão das classes populares do país.