2)
"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
(...)
Não permita Deus que eu morra,
Sem que volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."
"Vai meu irmão
Pega esse avião
Você tem razão
De correr assim
Desse frio
Mas beija
O meu Rio de Janeiro
Antes que um aventureiro
Lance mão
Pede perdão
Pela duração (Pela omissão)*
Dessa temporada (Um tanto forçada)*
Mas não diga nada
Que me viu chorando
E pros da pesada
Diz que eu vou levando
Vê como é que anda
Aquela vida à toa
E se puder me manda
Uma notícia boa
* versos originais vetados pela censura"

Os primeiros versos apresentados pertencem à Canção do exílio, de Gonçalves Dias, escritos em um momento em que o poeta se encontrava estudando em Portugal. Os segundos, à letra da canção Samba de Orly, composta por Vinicius de Moraes, Toquinho e Chico Buarque quando se encontravam no exílio forçado pela Ditadura Militar brasileira (1964-1985). Comparando os versos, é correto concluir que:

Alternativas:

a)
Tanto a Canção do exílio quanto o Samba de Orly carregam um pessimismo em relação ao futuro do Brasil.

b)
O Samba de Orly é meramente ufanista e saudoso, enquanto a Canção do exílio carrega um tom melancólico de saudade devido à impossibilidade de retorno dos seus compositores ao Brasil.

c)
Tanto a Canção do exílio quanto o Samba de Orly carregam um tom melancólico de saudade devido à impossibilidade de retorno de seus compositores ao Brasil.

d)
Tanto a Canção do exílio quanto o Samba de Orly são meramente ufanistas e saudosos.

e)
A Canção do exílio é meramente ufanista e saudosa, enquanto o Samba de Orly carrega um tom melancólico de saudade devido à impossibilidade de retorno dos seus compositores ao Brasil.