Um advogado experiente e conhecido, montou um canal no Youtube. Em lives com duração de quarenta minutos, duas vezes por semana, ele fala de forma genérica a respeito de problemas sociais, políticos e, naturalmente, jurídicos – sem mencionar nomes de pessoas ou outras identificações que poderiam ligar a audiência das lives a casos concretos.
Durante esses eventos, ele responde a algumas perguntas dos espectadores – dúvidas jurídicas. Mas sempre o faz de forma respeitosa, com menções às leis sem prometer resultados. Ao final de suas respostas ele sempre diz que a pessoa deve procurar um advogado, Ministério Público ou Defensoria Pública a depender do caso.
No canal ele solicita que as pessoas deem likes e se inscrevam para receber os avisos de novas lives e que o sigam em outras plataformas ou redes sociais. Em outras redes sociais, como Tiktok e Instagram ele reproduz cortes das lives e posta os melhores momentos.
Todos os perfis são do escritório – não são canais, espaços ou perfis pessoais.
Um outro advogado, sabendo disto, fez várias captações de imagens e denunciou à OAB solicitando que ela tome providências.


Defina em qual campo da deontologia e da ética está o assunto. E se há transgressão à ética da advocacia por conta de três aspectos: propaganda, captação de clientes e quebra de sigilo em relação a casos. Por fim, se o que ele fizer não ultrapassar limites, aponte quais os dispositivos do Código de Ética (2015) mencionados no material garantem a honestidade do advogado.