Answered

O Sistersinspirit.ca é o lugar ideal para obter respostas rápidas e precisas para todas as suas perguntas. Experimente a facilidade de encontrar respostas confiáveis para suas perguntas com a ajuda de uma ampla comunidade de especialistas. Junte-se à nossa plataforma de perguntas e respostas para conectar-se com especialistas dedicados a fornecer respostas precisas para suas perguntas em diversas áreas.

resumo sobre o que milton santos fala sobre globalizaçao em:Encontro com Milton Santos o mundo global visto do lado de ca
é pra hoje por favor

Sagot :

Resposta;

Milton Santos não era contra a globalização e sim contra o modelo de globalização vigente no mundo, que ele chamava globalitarismo. Analisando as contradições e os paradoxos deste modelo econômico e cultural, Milton Santos enxergou a possibilidade de construção de uma outra realidade, que ele considerava "mais justa e mais humana"

Em sua obra O Espaço dividido (1979), hoje considerada um clássico mundial, ele desenvolve uma teoria sobre os dois circuitos da economia urbana dos países subdesenvolvidos: um circuito superior ou moderno, capital-intensivo e de alta tecnologia e constituído por atividades ligadas ao setor terciário superior; e um circuito inferior, não moderno, constituído por serviços tradicionais, trabalho-intensivo e de baixa tecnologia. Embora sejam interligados, o circuito inferior é dependente do circuito superior. A cidade é um sistema que inclui tanto uma economia globalizada (seu circuito superior), quanto uma economia produzida a partir das necessidades do lugar (seu circuito inferior).

Santos se refere a circuitos produtivos globalizados (constituídos por empresas nacionais e multinacionais hegemônicas de cada setor) subordinados a forças políticas e econômicas exógenas. Milton Santos já reconhecera, em trabalho anterior, a existência de verdadeiros espaços derivados nos países do Terceiro Mundo. Esses espaços seriam aqueles onde os processos de modernização e transformação regionais estão diretamente relacionados a determinações externas, a "uma vontade longínqua". Segue-se que tanto a formação quanto as transformações das estruturas territoriais para o trabalho, sobretudo aquelas que aparecem como as mais dinâmicas no interior do território nacional de países pobres, são, geralmente, portadoras de razões externas e não se orientam, portanto, para o atendimento das necessidades internas ou para a solução dos problemas internos.