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“A Poesia Pau-Brasil é uma sala de jantar domingueira, com passarinhos cantando na mata resumida das gaiolas, um sujeito magro compondo uma valsa para flauta e a Maricota lendo o jornal. No jornal anda todo o presente. Nenhuma fórmula para a contemporânea expressão do mundo. Ver com olhos livres. (...) A reação contra todas as indigestões de sabedoria. O melhor de nossa tradição lírica. O melhor de nossa demonstração moderna. Apenas brasileiros de nossa época. O necessário de química, de mecânica, de economia e de balística. Tudo digerido. Sem meeting cultural. Práticos. Experimentais. Poetas. Sem reminiscências livrescas. Sem comparações de apoio. Sem pesquisa etimológica. Sem ontologia. Bárbaros, crédulos, pitorescos e meigos. Leitores de jornais. Pau-Brasil. A floresta e a escola. O Museu Nacional. A cozinha, o minério e a dança. A vegetação. Pau-Brasil.” (Oswald de Andrade. Manifesto da Poesia Pau-Brasil, 1924, p. 9-10)

Indique, a partir do trecho do "Manifesto da Poesia Pau-Brasil", de Oswald de Andrade, a alternativa que expressa o que o poeta reivindicava.

A) A rejeição ao moralismo e ao passado, representado pelos museus, a valorização das palavras em liberdade, do design tipográfico e das máquinas.
B) Uma poesia de exportação, livre do academicismo, das regras formais e, sobretudo, da imitação dos modelos importados da Europa.
C) Um pensamento antropofágico, de deglutição e deformação da cultura europeia, com o objetivo de formular uma poesia de exportação.
D) O automatismo psíquico como recurso estilístico, promovendo a transposição verbal do pensamento, como via de acesso ao inconsciente.
E) Uma poesia de protesto, pautada pelo caos, pela desordem e pela desconstrução do verso, com o objetivo de provocar a sociedade burguesa.