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Sagot :
RespEsta tese tem como objetivo fazer uma análise crítica decolonial sobre a
trajetória da artista Regina Casé, atriz e apresentadora de programas televisivos da Rede
Globo desde a década de 1990 (Programa Legal, Brasil Legal, Muvuca, Central da
Periferia, Esquenta!) e do programa Um pé de quê? no Canal Futura desde os anos
2000. Discutindo as características destas atrações, pensando-as como narrativas
audiovisuais, além de considerar alguns aspectos construídos da imagem pública da
apresentadora, dividiremos as discussões sobre a colonialidade em três partes: a)
colonialidade do saber, b) colonialidade do poder e c) colonialidade do ser. Para tanto,
apresentaremos esses elementos através da metáfora da “grade”, pensando a mesma,
respectivamente: a) como ferramenta que aprisiona o outro no lugar do exótico; b) como
formato que organiza a programação da televisão e faz uma seleção do que deve ser
visto; c) como uma teia que possibilita o desenvolvimento de uma personagem que
representa uma mulher-máquina da emissora. A divisão da tese segue essa tríplice
estrutura, entendendo que todas estão imbricadas, apenas divididas aqui para fins
metodológicos em oito capítulos. Na primeira parte, fazemos um apanhado sobre as
formas de colonialidade, os perigos da história única e o poder dos olhares
colonizadores. Na segunda parte, discutimos as instâncias coloniais de poder a partir da
indústria cultural e da programação televisiva brasileiras. Na terceira parte, abordamos
a colonialidade do ser aplicada à interseccionalidade como metodologia, considerando
gênero, raça e classe como eixos interseccionais. O embasamento teórico se faz com as
referências interdisciplinares dos estudos culturais, pós-coloniais e decoloniais, do
feminismo chicano e negro, do conceito de interseccionalidade e da teoria crítica da
comunicação. Tendo como perspectiva a descolonização do pensamento, buscamos,
através dessas autoras e autores, superar a mediação cultural que apaga os conflitos e
faz com que as desigualdades pareçam ser apenas diferenças.
Palavras-chave: colonialidade, performance, Regina Casé, estudos culturais, televisão.osta:
Explicação:
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