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Sagot :
O compartilhamento de informações fraudulentas tem grande consequências, apesar de parecer inofensivo. No Brasil, em 2014, a disseminação de uma fake news provou uma verdadeira tragédia. Na ocasião, uma mulher foi linchada até a morte por moradores da cidade de Guarujá, em São Paulo. Fabiane Maria de Jesus tinha 33 anos, era dona de casa, casada, mãe de duas crianças, e foi confundida com uma suposta sequestradora de crianças, cujo retrato falado, que havia sido feito dois anos antes, estava circulando nas redes sociais.
Outro caso famoso de disseminação de fake news é o do movimento anti vacinação. Indivíduos contrários ao uso de vacinas espalharam conteúdos falsos, alegando que as composições químicas das vacinas eram prejudiciais à população. As informações afirmavam que os medicamentos contra febre amarela, poliomielite, sarampo, microcefalia e gripe poderiam ser um risco para a saúde, provocando as respectivas doenças nas pessoas, quando vacinadas. Uma das consequências da propagação dessas falsas informações foi o crescimento alarmante no número de casos de sarampo no Brasil, em 2018, o que acarretou numa campanha intensa realizada pelo Ministério da Saúde.
A fim de combater as fake newsreferentes ao assunto, o órgão lançou propagandas e informativos de combate às falsas informações sobre vacinas em diferentes veículos de comunicação e nas redes sociais. Outro resultado da disseminação de tais notícias foi uma população desconfiada do sistema público de saúde e muitos outros órgãos que atendiam às campanhas de vacinação, além de uma considerável diminuição no número de pessoas imunizadas, algo extremamente perigoso em épocas de epidemias e surtos.
Resposta:
liberdade de expressão, uma conquista da balzaquiana democracia brasileira, se tornou a trincheira de quem acredita que pode falar ou escrever o que quiser sem ter consequências. Pessoas ou grupos se utilizam do artigo 5º da Constituição como escudo para difundir fake news. O tema se fortifica ainda mais quando a propagação de informações deturpadas e a utilização de contas inautênticas chegam à cúpula do poder.
A praga da desinformação é brutal e causa prejuízos incalculáveis. Não há, porém, vacina para esse mal. A tentativa de legislar, CPIs pirotécnicas ou de simplesmente usar o sistema judiciário para conter essa disseminação são caminhos sem saída. O projeto que está em tramitação no Congresso Nacional, aprovado no Senado e em discussão na Câmara, tem pontos positivos, pois joga luz num assunto extremamente importante.
Explicação:
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