Para responder à questão que se segue, leia com atenção o fragmento de texto abaixo: ¿No carnaval de 1977, vi pessoas dormindo, urinando e fazendo amor nos bancos dos pequenos jardins do centro da cidade. Também vi pessoas com suas famílias acampadas em pleno centro. Olhavam despreocupadas a passagens dos foliões e blocos carnavalescos, sentadas em cadeiras de alumínio. Por perto, tinham seu automóvel aberto, onde as crianças dormitavam. Ao lado, como num piquenique invertido, no meio do asfalto selvagem e devorador naquele momento transformado e domesticado, tinham geladeiras de onde tiravam garrafas de água e cerveja invejavelmente geladas. Era como se a Avenida Rio Branco, ponto central do mundo bancário, lojista e comercial do Rio de Janeiro, uma espécie de Wall Street nativa se tivesse transformado num conjunto de ¿casas¿, com seu característico espírito familiar, como vemos nas vilas do interior. Era a cidade repartida em mil aldeias¿ (DA MATTA, Roberto. Carnavais, malandros e heróis. Rio de Janeiro: Rocco, 1997, p. 114-115) O aspecto assumido pelo centro do Rio num dia de Carnaval é totalmente diferente do que este mesmo lugar ostenta durante o restante do ano. Isto se deve: Ao despreparo do observador para compreender a pouca educação do povo. À inversão de valores e papéis sociais, característica do Carnaval. À impossibilidade de a polícia controlar os abusos cometidos durante o Carnaval. À falta de respeito da população, que se acentua durante o Carnaval. À falta de vigilância das autoridades num momento tão importante como o Carnaval.