“Precisamos manter a distinção entre a representação e o objeto, porque é na pluralidade dos processos representacionais que reside a possibilidade de manter o objeto aberto para as tentativas constantes de (re) significação que lhe são dirigidas”.
OLIVEIRA, Susane Rodrigues de Oliveira. As crônicas coloniais no ensino de história da América História & Ensino, Londrina, v. 2, n. 17, p. 235-256, jul./dez. 2011. 239
Ao utilizarmos as crônicas como fontes históricas para o estudo dos povos indígenas é preciso ter em mente os limites dessa documentação, bem como de todo e qualquer discurso sobre o passado. Sobre os cuidados ao utilizar essa fonte histórica assinale a alternativa INCORRETA.
Grupo de escolhas da pergunta
O professor de História ao utilizar essa documentação em suas aulas precisa adotar uma metodologia que perceba as crônicas como objetos de pesquisa histórica e como voz de sujeitos históricos, ou seja, como discursos carregados de valores e representações do passado que precisam ser analisados.
É preciso considerar que a narrativa nunca é neutra e que o cronista tem o poder de selecionar as informações que irão constar no texto, e ainda que não conscientemente ao produzi-lo ele leva em consideração, quem irá ler e o que ele pretende alcançar no leitor.
Não interessa ao historiador compreender quais foram as circunstâncias da produção da crônica, o contexto histórico, bem como o autor.
O historiador não deve se ater à veracidade das crônicas, pois ao analisar essa documentação, essa não é uma questão pertinente.
Como todas as demais fontes históricas, as crônicas e memórias precisam ser analisadas de forma analítica, levando em consideração as condições em que foram produzidas.