Na série "Bridgerton", traz o relato da personagem Eloise que é uma adolescente em 1813, seu sonho era ser uma escritora, mas que não era incentivada por ter que cumprir as expectativas da sociedade. Não distante da realidade brasileira que ainda não dá o devido valor a arte feminina, a disparidade entre as obras de autorias femininas e masculinas é uma situação frequente no mundo artístico. Nesse aspecto dois sentidos se fazem necessários: a busca pela igualdade de gênero e a nudez feminina nas artes.
Conforme relatado acima, a falta de exposições que busque pela igualdade de gênero na formação das galerias resulta na falta do interesse do público ter contato com a arte que mostra o ponto de vista das mulheres. Segundo toda a trajetória de Maria Graham, representa a mulher que rompe os preconceitos impostos na sua época, porém não é a figura que é tão presenta quando estudamos sobre o passado, que sempre nos direciona para os homens. Isto é, mostra que a falta de grandes artistas, escritoras e atrizes aconteceram por conta de condições sociais, políticas, culturais que não existiram.
Outrossim, o problema da nudez é outro fator que impossibilita a mulher ser levada como a figura cultural, a falta da presença é totalmente contrária quando é considerada as obras. Segundo o movimento político Guerrilla Girls, no Metropolitan Museum cerca de 5% das artesãs na seção de arte moderna são mulheres, porém 85% da nudez nas obras é feminina, além disso, a Coleção de Arte do CCSP apresenta 117 pinturas e esculturas que representam corpos nus, 79 deles são femininos. Ou seja, isso traz a população o número desigual de artistas, e o uso do corpo feminino como exposição e não como lugar de visibilidade e centralidade.
Portanto, a falta de mudança do fruto da perspectiva patriarcal que existiu e permanece faz com que às mulheres passem por mais barreiras e sejam menos reconhecidas como autoridades. Desta forma é essencial que o poder legislativo crie a lei que garanta futuramente artistas mulheres na história da arte brasileira, tendo como referência do modernismo a Tarsila do Amaral. Além disso, é preciso que a mesma lei garanta que os acervos se atualizam, e quem tragam questões para reverter o domínio masculino na história da arte como a representatividade feminina. Para que assim este problema não ocorra nas próximas décadas.
