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[Narrador] - Era por volta das 11 horas da noite, se não me falha a memória. A ‘consulta’ era com hora marcada, então quando cheguei no velho portão já me esperavam. A casa era antiga e de uma madeira maciça e resistente às intempéries do tempo. Sentei-me à mesa em uma sala grande, haviam livros espalhados pelas estantes, uma lareira acesa, e velas que iluminavam o cômodo. Fiquei alguns minutos tenso, sozinho, contemplando o silêncio da casa. Algum tempo depois um senhor de aparência rude, em vestes muito formais, se aproximou da mesa no ritmo do bater da bengala que carregava. Ele se sentou do outro lado, em minha frente. Não se apresentou, não proferiu uma palavra. Colocou livro grosso sobre a mesa, enquanto um ajudante checava as janelas fechadas e as cobria com cortinas. O homem deixou o livro aberto em uma página. Colocou as mãos para frente, e virou-as com as palmas para cima. Fechou os olhos, e ficou como se estivesse em profunda concentração. O meu desconforto crescia, quando ele finalmente abriu os olhos. Ele recolheu as mãos e me olhou fixamente. Então os olhos foram para o livro, e eu me pus a observar o objeto também. De repente, o velho passou a mão a uma considerável distância das páginas, e elas viraram inexplicavelmente. Não havia um vento entrando pelas janelas, as cortinas não se mexiam. Antes que eu pudesse falar, ele rapidamente colocou o dedo indicador em seus lábios, como quem pede silêncio. O rapaz que o auxiliava apareceu ao meu lado com alguns talheres de metal. Pediu que eu tocasse, conferindo a autenticidade do material. Eu estava assustado, toquei na primeira colher, e o peso da peça me convenceu imediatamente. O auxiliar as colocou na frente do velho homem, que voltou a se concentrar. Mais uma vez ele abriu os olhos e foi na direção de uma das colheres. Pegou a peça com apenas o indicador e o polegar. Esfregou os dois dedos na parte curva do cabo e, para meu desespero, a colher se partiu em duas. Então, falou pela primeira vez: ‘Estamos prontos’. Um tabuleiro foi posto diante de nós. As palavras ‘sim’ e ‘não’ em lados opostos e um copo, virado para baixo, no centro. Coloquei meu dedo em cima do copo, como o velho. Ele me pediu para fazer a pergunta, e assim eu fiz. Ele fechou os olhos, e mesmo que não parecesse necessário eu também. O objeto


As ideias formuladas são suficientes e requerem menos elementos extraordinários que a afirmação sobrenatural? (justifique)

Após esse encadeamento, você terá elementos suficientes para apresentar sua conclusão respondendo a pergunta geradora: Olhando os fenômenos relatados é sensato concluir que estamos diante do sobrenatural?