"a respeito dos estudos comparativos, a resposta de weber foi a elaboração de "tipos ideais", que constituem um dispositivo generalizante, um modelo heurístico, sobre o qual era possível aplicar a comparação. Nas suas explicações históricas comparadas, weber rejeita sempre a hipótese de leis ou de monocausalidade; ele pensa, portanto, que um evento pode ter diversas causas e que conjuntos diversos de causas podem ter o mesmo efeito. A validade das comparações em weber provém das suas construções empíricas dos processos de indução e de introspecção mais do que de uma verificação causal de hipóteses". (rebughini, paola. A comparação qualitativa de objetos complexos e o efeito da reflexividade. In: melluci, alberto (org. ) por uma sociologia reflexiva: pesquisa qualitativa e cultura. Petrópolis: vozes, 2005. P. 242 - com adaptações)