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Quais são as influências europeias na obra “capitães de areia”, de Jorge Amado?

Sagot :

Resposta:

Capitães da areia é um livro do escritor baiano Jorge Amado e foi publicado pela primeira vez em 1937. Ele conta a história de meninos em situação de rua, na cidade de Salvador de inícios do século XX. Eles são os Capitães da Areia, vivem em um trapiche e, completamente marginalizados, sobrevivem por meio de furtos.

A obra conta com personagens marcantes, como Pedro Bala, Dora, Sem-Pernas, Boa-Vida, Volta Seca, João Grande, Professor, Gato, Pirulito e Barandão. Esses meninos vivem o drama do abandono, e, por meio de suas histórias de vida, o narrador faz sua crítica social, condena os reformatórios, o preconceito, a exploração do proletário e toda forma de opressão.

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Análise do livro Capitães da areia

Capa do livro Capitães da areia, de Jorge Amado, publicado pela editora Companhia das Letras.[1]

Capa do livro Capitães da areia, de Jorge Amado, publicado pela editora Companhia das Letras.[1]

Ambientação da obra Capitães da areia

A obra Capitães da areia é ambientada em Salvador, capital do estado da Bahia. Mostra, portanto, a realidade de um ambiente urbano da primeira metade do século XX, às vésperas da decretação do Estado Novo, em 1937.

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Enredo da obra Capitães da areia

Os Capitães da Areia são meninos em situação de rua que vivem num trapiche. Eles sobrevivem por meio de furtos e se comportam, precocemente, como adultos. O líder do grupo é Pedro Bala, um jovem de 15 anos, que tem uma cicatriz no rosto, filho de um estivador (chamado, pelos seus companheiros, de Loiro) que morreu durante uma greve.

São vistos pela sociedade de Salvador como perigosos e, portanto, são procurados pela polícia, que tem a intenção de os colocar em reformatórios, onde são vítimas de mais violência. Mas, entre os meninos do grupo, recebem destaque na obra os personagens Pedro Bala, Dora, Sem-Pernas, Boa-Vida, Volta Seca, João Grande, Professor, Gato, Pirulito e Barandão.

Pedro Bala encontra o estivador João de Adão nas docas. Ele conheceu o pai de Pedro e conta ao rapaz que Loiro era um grevista que morreu baleado ali nas docas. Na época, Pedro tinha 4 anos e, portanto, não se lembra mais do pai. Mas cresce nele o orgulho de ser filho de um líder revolucionário.

Outra pessoa adulta que convive amigavelmente com os meninos é a mãe de santo Don’Aninha. Em uma ocasião, ela vai pedir a Pedro Bala que recupere a imagem de Ogum que a polícia tinha levado durante uma batida em um candomblé. Com a ajuda de Professor, ele arquiteta um plano e pega a imagem na Central de Polícia.

O padre José Pedro é outro amigo do grupo e tenta ajudar os meninos à sua maneira. Como Pirulito é dado às coisas da Igreja, o padre quer conseguir um lugar em um seminário para ele. Por influência do sacerdote, o garoto muda sua conduta e perde a “fama de ser um dos mais malvados do grupo”.

No intuito de roubar uma casa, os Capitães da Areia usam Sem-Pernas para conquistar a confiança da dona. Ele busca enternecer a mulher: “Não tenho ninguém no mundo, sou aleijado, não posso trabalhar muito, faz dois dias que não vejo de comer e não tenho onde dormir”.