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Sagot :
Resposta:
I, II, III, IV e V.
Explicação:
- A escuta (ativa, sensível, profunda), quando exercida por quem assume o papel de liderança nas organizações e nos processos de aprendizagem, propicia o engajamento dos colaboradores e aprendizes. Isso porque pode contribuir para a emergência dos seus potenciais, estimulando-os a agirem e a expressarem-se com base em suas habilidades e tendo em vista as reais necessidades coletivas e pessoais, o que, por sua vez, facilita a resposta criativa aos desafios encontrados na gestão e nos processos de aprendizagem;
- A escuta (ativa, sensível, profunda) facilita a interação das pessoas em ambientes de diversidade cultural, seja nas organizações, seja nos âmbitos mais variados da sociedade contemporânea. A diferença/complexidade acentuada em nossas sociedades e organizações proporciona a cada dia mais situações de interculturalidade, isso é, contextos onde diversas premissas implícitas orientam as várias leituras e formas de ação no mundo; onde a tendência à negação do diferente é corriqueira, o que torna a arte de escutar, relacionada à gestão criativa de conflitos, uma competência cada vez mais necessária para abrir portas à convivência e à possibilidade de ação conjunta entre diferentes (SCLAVI, 2003);
- A escuta favorece os processos coletivos de trabalho e de organização, instaurando efetivamente capacidades de indagação criativa, pensamento divergente (fora dos quadrados e dos limites dados), exploração de opções e possibilidades não óbvias. A habilidade da escuta, exercida em grupos em um ambiente colaborativo, cria campos fecundos para ativar e sustentar a inteligência coletiva;
- A escuta estimula uma cultura participativa e democrática tanto no seio da sociedade quanto de suas mais diversas organizações. A prática da escuta é um dos requisitos para o desenvolvimento de processos participativos e colaborativos. Tais processos tendema emperrar, em maior ou menor medida, na perspectiva epistemológica que reafirma – de forma contraditória com respeito às intenções declaradas – a legitimidade de apenas uma visão de mundo, em vez de aceitar a hipótese e fomentar a prática da exploração e convivência entre visões distintas. Essa perspectiva, ainda hegemônica, está entranhada em nossos modelos mentais, memórias e comportamentos (GIANNELLA e MOURA, 2009);
- A escuta abre caminhos para reconhecermos os conflitos como oportunidades de aprendizagem nas organizações, indivíduos e sociedades. Dentro de uma visão epistemológica baseada na premissa da verdade única, o conflito expressa negação. De forma diferente, ao assumirmos uma visão de mundo complexo e multíplice, o conflito torna-se uma oportunidade de aprendizagem por evidenciar diversos modos possíveis de perceber dada realidade. No entanto, para que essa possibilidade seja efetivada, precisamos treinar as capacidades de escuta criativa e, com elas, a competência de gestão criativa de conflitos (SCLAVI, 2003);
- A escuta prepara gestores, educadores, profissionais e pessoas em geral para lidarem com o caos e a adversidade, favorecendo o trabalho voltado para a criatividade e a inovação (MOURA e GIANNELLA, 2016).
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