Tive a oportunidade de conhecer [. ] um serviço que ganha cada vez mais adeptos. [. ] São pelo menos cinco plataformas que oferecem viagens intermunicipais e interestaduais pelas estradas brasileiras. A promessa é encantadora: segurança, rapidez e passagens a preços reduzidos. A realidade, no entanto, é outra. E a fiscalização se mostra mais do que necessária. Pela internet, comprei a "passagem" em um ônibus [. ] na manhã de terça-feira, na praia de Camburi, no litoral de São Sebastião (SP), com destino à capital paulista. Não há linha direta regular. A partida estava marcada para as 8h30, em um ponto de ônibus na avenida principal do balneário. Exatos 21 minutos antes da partida, uma mensagem da plataforma chega ao celular. "Devido a um imprevisto, o local de embarque precisou ser alterado. " O novo local ficava a 1,9km de distância. E o motorista daria apenas 15 minutos de tolerância. Resultado: todo mundo caminhando com malas às margens de uma rodovia até o novo local. [. ] A viagem era para durar três horas e 15 minutos. Levou seis horas e 25 minutos, atraso provocado, principalmente, por conta dos longos engarrafamentos típicos dos feriados no litoral paulista. Foram três paradas para desembarque de passageiros – todas em ruas afastadas, com pouco trânsito, e distante dos serviços de transporte público. Houve também uma pausa de 30 minutos para o motorista almoçar em um restaurante [. ] que não é utilizado pelas empresas regulares de transporte – o detalhe é que esse intervalo não estava previsto no bilhete [. ]. O ponto final é um terminal improvisado na Vila Guilherme, zona norte de São Paulo, em um estacionamento de caminhões. Uma espécie de galpão. Confesso que esperava um serviço e recebi outro. Há um aspecto muito mambembe1, sem muitas garantias aos passageiros. O motorista respeitou todas as leis de trânsito, mas é preciso que os órgãos públicos passem a olhar com lupa para esse serviço que só faz crescer. [. ] A tecnologia trouxe mudanças importantes. Diminuiu barreiras, popular