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Sagot :
Resposta:
EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA
Empreendimento marítimo e comercial ocorrido nos séculos XV e XVIII
Entre os séculos XV e XVIII os europeus iniciaram um grande
empreendimento marítimo que ficou conhecido como expansão marítima europeia.
Isso só foi possível quando no final da Idade Média o feudalismo sofreu
profundas transformações e abriu espaço para uma nova estrutura econômica
baseada no lucro.
Essa nova realidade fez com que os governos buscassem alternativas para
o desenvolvimento da economia.
Nesse contexto, a expansão marítima europeia teve como finalidade
principal a superação da crise econômica dos séculos XIV e XV e o
desenvolvimento da economia mercantil com a conquista de novos mercados.
Esse evento marítimo expansionista dos europeus em busca das relações
comerciais culminou ainda na descoberta de vários territórios, inclusive do território
brasileiro.
Fatores que motivaram a expansão marítima
Diversos fatores contribuíram para a expansão marítima europeia. Entre eles:
• monopólio árabe-italiano no Mediterrâneo que impulsionou a busca de novas
rotas marítimas;
• exploração de metais preciosos para a cunhagem de moedas;
• investimento financeiro das monarquias nacionais aos projetos náuticos;
• centralização política dos reinos absolutistas;
• aliança política entre os reis e a burguesia mercantil interessada na lucratividade
da expansão ultramarina;
• divulgação da fé cristã para povos de outros territórios;
• aperfeiçoamento das técnicas navais.
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Outro importante fator que corroborou ainda mais para a expansão marítima
europeia foi o Renascimento urbano e comercial.
Esse novo contexto cultural trouxe um outro olhar para as questões humanas,
espirituais e naturais. Anteriormente, as teorias teocêntricas da Igreja Católica
disseminavam concepções infundadas sobre os oceanos, como a existência de
monstros tenebrosos nas profundezas dos mares e zonas tórridas.
O espírito aventureiro e de conquista adotado pelos nos navegadores europeus os
fizeram superar toda e qualquer ideia arcaica acerca das navegações.
Outra atividade importante foi o desenvolvimento da arte da ciência náutica, com o
uso da bússola, do astrolábio, o quadrante, as caravelas, as cartas de marear e a
vela triangular.
O pioneirismo marítimo de Portugal
A formação da monarquia portuguesa com a Revolução de Avis, em 1385, e a
aliança política com o grupo mercantil interessado no comércio marítimo,
possibilitou com que o país fosse pioneiro na expansão marítima europeia.
Os portugueses já tinham uma tradição pesqueira que os davam habilidades com
os mares. Mas foi na Escola de Sagres que iniciaram muitos projetos náuticos e
alavancaram o empreendimento comercial das navegações.
A Escola de Sagres foi instaurada pelo infante português D. Henrique, na vila
portuguesa de Sagres, em meados do séc. XIV. Muitos navegadores e
interessados na arte náutica aprenderam o manuseio de ferramentas importantes
para as navegações.
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Muitas inovações náuticas foram realizadas na Escola de Sagres. (Foto:
Wikipédia)
Além disso, A Igreja Católica realizou muitas missas e benção especiais para
as expansões marítimas portuguesas por motivos religiosos, e também
econômicos. A razão disso é que com o comércio marítimo os dízimos
aumentariam a receita do clero.
Os navegadores portugueses tomaram a região do Celta, no norte da África, em
1415, local inicial do domínio expansionista marítimo português.
Em 1492, Portugal dominou o comércio marítimo do oceano Atlântico.
Posteriormente, iniciou-se o périplo africano que conquistou muitos comércios de
especiarias, como o de marfim e de ouro.
Expansão marítima espanhola e o Tratado de Tordesilhas
O Estado Nacional Espanhol realizou sua primeira expansão marítima em 1492. A
rota de destino dos espanhóis foi em direção ao oeste, sob a liderança do
navegador italiano Cristóvão Colombo.
A rota escolhida por Cristóvão Colombo foi fruto das influências das teorias
renascentistas acerca da forma do mundo.
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As viagens marítimas espanholas percorreram parte do Oceano Atlântico. (Foto:
thebestphotos.eu)
Nessa primeira viagem as embarcações espanholas atracaram na América.
Entretanto, o líder navegante acreditava estar em terras indianas. Além da
Espanha tentar provar as teorias do formato da terra, entrou ainda em conflitos com
Portugal pelo domínio das produções de especiarias.
Para sanar a rivalidade entre os dois reinos ibéricos, Portugal e Espanha, o papa
Alexandre VI dividiu o novo território descoberto em duas partes.
Inicialmente, o papa decidiu que a divisão dos territórios entre Portugal e Espanha
seria o meridiano traçado a 100 léguas das ilhas de Cabo Verde. E após a
repartição as terras a oeste do meridiano pertenceria ao reino português e as terras
a leste ao reino espanhol.
Em 1494 Portugal iniciou negociações diplomáticas com os espanhóis por recusa
ao primeiro acordo papal.
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