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Sagot :
O Cross Country é uma forma de atletismo que testa a velocidade, resistência e salto de velocidade através de um declive campo, áreas arborizadas, áreas lamacentas, em circuitos naturais não-urbanas.
O cross-country originou-se na Inglaterra, no começo do século 19. Era um jogo chamado “caça ao coelho” ou “caça ao papel”, em que o corredor, ou grupo, tinha que marcar uma trilha com pedaços de papel e fazer o circuito completo sem errar.
As provas XCO dos Jogos Olímpicos são disputadas em um circuito de terra no formato cross-country. O objetivo da competição é percorrer múltiplas voltas no circuito e ser o primeiro a cruzar a linha de chegada. A dificuldade está no percurso, que apresenta diversos obstáculos naturais, como pedras pequenas e grandes.
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Resposta:
O cross-country originou-se na Inglaterra, no começo do século 19. Era um jogo chamado “caça ao coelho” ou “caça ao papel”, em que o corredor, ou grupo, tinha que marcar uma trilha com pedaços de papel e fazer o circuito completo sem errar.
A primeira competição que se tem notícia aconteceu em 1837, na Crick Run, em um campo de uma escola de rugby. Devido ao sucesso, outras escolas começaram a realizar um encontro similar entre os alunos, até se firmar nas Universidades de Cambridge e Oxford. Assim, a “caça ao coelho” tornou-se popular nas escolas e uma importante competição em todo país.
O primeiro campeonato nacional de cross-country foi criado em 1876. No ano de 1878 foi introduzido nos Estados Unidos, e dois anos depois a Universidade de Harvard adotou como parte do treinamento de outono para os atletas de provas de longa distância. Em 1887, foi fundada a Associação Nacional de cross-country.
A era internacional começou em 1898 como um desafio entre a Inglaterra e a França, e acabou virando um encontro anual envolvendo Inglaterra, Irlanda, Escócia, Países de Gales e outros países da Europa.
O cross tornou-se parte do programa Olímpico em 1912, 1920 e 1924, mas foi retirado por ser um esporte de inverno, já que os Jogos Olímpicos eram realizados no verão.
Em 1962, a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) formula as regras para a prova masculina e feminina.
Não há uma distância oficial, mas a IAAF estipula 12.000 metros a distância mínima para provas masculinas internacionais e de 2.000 metros a 5.000 metros para as femininas. As provas são disputadas individualmente e por equipes, que podem ser formadas de 5 a 9 atletas.
30 anos de Campeonato Mundial de cross-country
Desde sua primeira edição em 1973, na cidade de Waragerm, na Bélgica, até a última edição em Dublin, na Irlanda, foram realizadas trinta edições.
Nesse período vários atletas se destacaram e ficou caracterizada a supremacia dos atletas oriundos da Etiópia e do Quênia.
O primeiro destaque foi o atleta português Carlos Lopes, campeão em três oportunidades: Chepstow, no País de Gales, em 76; em Nova York (EUA), em 84; e Portugal em 85. Lopes era o único branco capaz de ganhar dos atletas da África. Atualmente, o recorde da maratona olímpica, de 2h09, ainda pertence a Carlos Lopes, estabelecido nas Olimpíadas de Los Angeles 1984, nos EUA. Para os portugueses, a prova de cross-country é conhecida como “corta mato”.
No feminino o grande destaque foi a norueguesa Grete Waitz (com cinco títulos desde 1978), considerada a “Rainha do cross-country” e também da Maratona de Nova York (com nove vitórias).
Em 1981, em Madri, na Espanha, foi a estréia dos Etíopes e Quenianos, quando passaram a ter o domínio desse tipo de prova e, desde então, tornaram se imbatíveis por equipe.
Em 1986 na cidade de Neuchatel, na Suíça, surge a figura do queniano John Ngugi, que se tornaria o maior vencedor de cross (cinco no total), considerado o “Rei do cross-country”. A inglesa naturalizada sul-africana Zola Budd, correndo descalça, torna-se bicampeã na Suíça.
A americana Lynn Jennings também é apontado como outro destaque do cross feminino, com três vitórias consecutivas, de 1990 a 1992.
No mesmo período, o marroquino Khalid Skah torna-se também bicampeão. No feminino o destaque é para a etíope Derartu Tulu, campeã olímpica nos 10.000 metros nos Jogos Olímpicos de Barcelona em 1992 e bicampeã do Campeonato Mundial de cross-country.
Na edição dos 30 anos de cross-country, realizada no mês de março deste ano, em Dublin, na Irlanda, o maior feito foi o da atleta inglesa Paula Radcliffe, campeão da Maratona de Londres e campeã do Mundial de cross-country por duas vezes (a primeira delas em Boston, nos EUA, quando ainda era juvenil, em 1992).
O cross no Brasil
No final da década de 70 e início dos anos 80, por iniciativa do professor Manoel Antônio de Toledo Pires (meu técnico na época), que era da Secretaria de Esportes e Turismo e Coordenadoria de Esportes e Recreação (CET / CER), foram promovidas provas de cross-country nos parques do Ibirapuera, do Carmo e no Pico do Jaraguá, para atletas mirins e infanto-juvenis de escolas, associações e clubes.
Nesses eventos realizados em fins de semana, a SET / CER chegava a reunir mais de mil atletas, com a participação de pais, familiares, professores, técnicos e apaixonados pelo esporte.
A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e a Federação Paulista de Atletismo promoveram a primeira seletiva para um Campeonato Mundial, com etapas em Guarulhos e Campinas, São Paulo.
A primeira vez que o Brasil participou de um Campeonato Mundial por equipes foi no ano de 1985, em Portugal. Na ocasião, a Corpore (Corredores Paulista Reunidos) teve a presença de três dos seis convocados: Advaldo Cardoso Neves, hoje técnico da Equipe Cardoso Neves, Moacir Marconi “Coquinho”, hoje técnico no Paraná e organizador de provas, e o Cláudio Ribeiro, hoje técnico da Maria Zeferina Baldaia (vencedora da São Silvestre e da Maratona de São
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