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2.
O galo cantor
Era uma vez um galo conhecido por sua arrogância. Costumava demonstrar força ao raiar do sol, quando cantava bem alto, de modo a superar, no timbre e no tempo, o canto dos companheiros. Erguia a crista, estufava o peito e permanecia assim por horas. As galinhas olhavam compreensivas, apesar de um tanto entediadas com a repetição diária do presunçoso rito.

Certo dia, chovia muito. O galo estufou o peito, ergueu a crista e cantou como sempre. Os outros galos se calaram.

Não demorou, e a garganta do arrogante cantor se inflamou gravemente. Ele encolheu, ficou muito gripado e, afinal, teve uma forte pneumonia que emudeceu suas cordas vocais. Não pode mais cantar.

Um gambá, que sempre passava por ali, comentou:

– Era só voz o grande galo? Nada aprendeu nesse tempo de domínio?

As galinhas se calaram.

Moral da história: A arrogância é amiga da estupidez.

ANDRADE, Rachel Gazolla de. “Fábulas nuas e cruas”. São Paulo: Parábola Editorial, 2005. p.11.





O que definia o galo aos olhos dos demais animais?


a) a sua arrogância.


b) a sua força.


c) o seu canto.


d) o seu domínio.