Descubra respostas para suas perguntas no Sistersinspirit.ca, a plataforma de Q&A mais confiável e eficiente para todas as suas necessidades. Descubra soluções rápidas e confiáveis para suas perguntas com a ajuda de especialistas experientes em nossa plataforma amigável. Obtenha soluções rápidas e confiáveis para suas perguntas de uma comunidade de especialistas experientes em nossa plataforma.

2. Relacione os três antifúngicos abaixo ao sítio de ação na célula fúngica, ao mecanismo da atividade antifúngica e as implicações para estas atividades: a) Anfotericina B; b) Itraconazol; c) Flucitosina

Sagot :

A função de qualquer antifúngico, seja qual for o seu mecanismo de ação, consiste em destruir, direta ou indiretamente, fungos invasores com atividade patológica.

Existem vários tipos de antifúngicos, entre eles:

  • os Azóis (Imidazóis, Triazóis e Tiazóis), cuja ação passa pela inibição da enzima Lanosterol 14-α-desmetilase (CYP51A1), necessária para a produção de Ergosterol a partir de Lanosterol.
    O Ergosterol é um importante constituinte da membrana celular dos fungos, com funções semelhantes às do Colesterol nos animais, e a sua falta leva a danos estruturais na membrana, potenciando a lise celular e inibindo o crescimento fúngico.
  • as Alilaminas, cuja ação passa pela inibição da enzima Esqualeno Epoxidase, também necessária para a síntese de Ergosterol, neste caso, a partir do Esqualeno.
    O acúmulo de Esqualeno e a falta de Ergosterol levam à morte da célula fúngica, inibindo o crescimento do fungo
  • as Equinocandinas, cuja ação passa pela inibição da enzima 1,3-β-glicano Sintase, necessária para a síntese de Glicanos, que são componentes integrais da parede celular fúngica.
    Fungos com a parede celular fragilizada ou destruída ficam mais facilmente expostos aos fármacos e ao Sistema Imunitário, acabando por morrer e, desta forma, inibe-se o crescimento fúngico.
  • os Polienos, cuja ação passa pela sua ligação ao Ergosterol da membrana celular fúngica, diminuindo a fluidez da membrana.
    Uma membrana mais cristalina impede a difusão simples de compostos necessários para o metabolismo do fungo, como os iões K⁺, Na⁺, H⁺, e Cl⁻ e algumas pequenas moléculas orgânicas que, quando em falta, levam à morte do fungo.


Com estas bases, vamos analisar os 3 fármacos do enunciado.


a) Anfotericina B

A Anfotericina B é um antifúngico poliénico, ou seja, é um Polieno. Apesar de tóxica, é um antifúngico de 1ª linha para a maioria das infeções fúngicas e um dos mais comuns para infeções fúngicas sistémicas.
Como os outros Polienos, liga-se ao Ergosterol membranar, diminuindo a fluidez da mesma e privando a célula, em especial, de iões Potássio.

b) Itraconazol

O Itraconazol é um exemplo de um Azol.
Como os outros Azóis, funciona ao inibir a ação da enzima Lanosterol 14-α-desmetilase (CYP51A1), impedindo a síntede se Ergosterol, levando a um enfraquecimento ou até lise da membrana da célula fúngica.

c) Flucitosina

A Flucitosina é um Ácido Nucleico manipulado, resultante da adição de um átomo de Flúor ao Carbono 5 da Citosina, e não entra em nenhum dos grupos de antifúngicos explicados acima.
Não se conhece exatamente o mecanismo da sua ação, mas sabe-se que entra na célula fúngica através da Citosina Permease, uma Proteína Transportadora. Na célula, é matabolizada em 5-fluorouracilo, que compete com o Uracilo natural na síntese do RNA fúngico. Acontece que o 5-fluorouracilo se liga mais facilmente na cadeia de RNA e, ao contrário do Uracilo natural, não permite a leitura desta molécula, inibindo a formação de cadeias de RNA e DNA, limitando a ação fúngica e inibindo a sua replicação.

Teoriza-se, ainda, que a Flucitosina seja um inibidor da Timidilato Sintase Fúngica, uma enzima responsável pela transformação de dUMP (Desoxiuridilato) em dTMP (Timidina Monofosfato), um dos monómoros do DNA, necessário para a divisão celular.

Podes ver mais tarefas sobre antifúngicos em:

  • https://brainly.com.br/tarefa/47354583
  • https://brainly.com.br/tarefa/35730010
View image ShinyComet
View image ShinyComet

Resposta: a) Anfotericina B

A Anfotericina B é um antifúngico poliénico, ou seja, é um Polieno. Apesar de tóxica, é um antifúngico de 1ª linha para a maioria das infeções fúngicas e um dos mais comuns para infeções fúngicas sistémicas.

Como os outros Polienos, liga-se ao Ergosterol membranar, diminuindo a fluidez da mesma e privando a célula, em especial, de iões Potássio.

b) Itraconazol

O Itraconazol é um exemplo de um Azol.

Como os outros Azóis, funciona ao inibir a ação da enzima Lanosterol 14-α-desmetilase (CYP51A1), impedindo a síntede se Ergosterol, levando a um enfraquecimento ou até lise da membrana da célula fúngica.

c) Flucitosina

A Flucitosina é um Ácido Nucleico manipulado, resultante da adição de um átomo de Flúor ao Carbono 5 da Citosina, e não entra em nenhum dos grupos de antifúngicos explicados acima.

Não se conhece exatamente o mecanismo da sua ação, mas sabe-se que entra na célula fúngica através da Citosina Permease, uma Proteína Transportadora. Na célula, é matabolizada em 5-fluorouracilo, que compete com o Uracilo natural na síntese do RNA fúngico. Acontece que o 5-fluorouracilo se liga mais facilmente na cadeia de RNA e, ao contrário do Uracilo natural, não permite a leitura desta molécula, inibindo a formação de cadeias de RNA e DNA, limitando a ação fúngica e inibindo a sua replicação.

Teoriza-se, ainda, que a Flucitosina seja um inibidor da Timidilato Sintase Fúngica, uma enzima responsável pela transformação de dUMP (Desoxiuridilato) em dTMP (Timidina Monofosfato), um dos monómoros do DNA, necessário para a divisão celular.

Explicação: