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Sagot :
Um dos grandes indicadores do desenvolvimento da Europa ao longo do século XVIII é o aumento demográfico aliado às rápidas mudanças no campo social e político, cujas maiores manifestações se enquadram na França e na Inglaterra. De facto, o século XVIII é o século das Revoluções e entre elas é também considerada a "Revolução Demográfica". Salienta-se, no entanto, a dificuldade com que se defronta a historiografia quando se depara com a irremediável carência de dados estatísticos e, mesmo quando existem, é necessário ter em conta a sua fiabilidade. Para além disso, as pesquisas através dos registos paroquiais de nascimentos, óbitos e casamentos nem sempre abrangem a totalidade da população devido às diferentes opções religiosas verificadas nesses territórios, excluindo naturalmente os grupos minoritários. O ato de recensear a população só se generalizou a partir do século XIX - os primeiros conhecidos ocorreram na Áustria, em 1695. A partir de 1748, os Suecos foram os primeiros a realizar este tipo de recolha de dados anualmente, tendo em conta o número de casamentos, óbitos e nascimentos. A contagem por cabeça só se realizou muito mais tarde, por dificuldades e falta de conhecimentos técnicos. Só em 1801 é que se realizou o primeiro censo regular na França e na Grã-Bretanha.
Assim, os cálculos oficiais variavam muito. Até 1700 a Europa apresentava-se pouco povoada, pois era raro que os países ultrapassassem os dez milhões de habitantes. Caracterizava-a uma mortalidade elevada, principalmente a infantil (entre 1 e 10 anos), e uma natalidade também elevada. As populações eram atingidas por calamidades frequentes como a peste, a fome e a guerra. O celibato era muito comum, pois era uma forma de evitar a dispersão do património familiar, principalmente entre os membros da nobreza, que enviavam os seus filhos e filhas mais jovens para os conventos. Regra geral, os casamentos eram realizados em idades tardias. O século XVIII foi desigual no crescimento populacional, porque se verificou a ocorrência de alguns períodos de fome e de carência de produtos alimentares nas suas primeiras décadas. A explosão demográfica verificou-se apenas a partir de 1750, mas a tendência para o crescimento já se vinha desenhando muito lentamente desde o século XVII, nomeadamente na Alemanha (após a Guerra dos Trinta Anos), em Inglaterra e no País de Gales (a partir dos anos noventa). Segundo George Rudé, a população da Europa teria passado de 100-120 milhões de habitantes em 1700 para 120-140 milhões em 1750, atingindo os 180-190 milhões em 1800. O maior contributo para este aumento vem da Rússia, que triplicou o número de efetivos), da Inglaterra e do País de Gales que passou de cinco para nove milhões de habitantes, da Prússia e do Império dos Habsburgos. Entre os países com um crescimento mais lento salientam-se a Espanha, a França (com aumento de 30 por cento), a Itália (com mais 30 por cento) e Portugal (aumentou em cerca de 50 por cento). A Europa saía do "Ciclo Demográfico Antigo" e entrava no "Ciclo Demográfico Moderno".
A resposta às causas deste enorme crescimento poderá procurar-se em vários fatores, que diferem segundo a opinião dos historiadores que têm tratado este fenómeno. Uma das controvérsias é a atribuição de uma maior importância ao aumento de nascimentos ou à diminuição dos óbitos, dependendo do ponto de vista dos investigadores. Quais seriam então as razões para a ocorrência de uma ou de outra hipótese: a melhoria do nível de vida das populações? O aumento de cuidados higiénicos? A diminuição de doenças, de epidemias, de guerras e de fomes? O matrimónio de pessoas mais jovens e com maiores níveis de fertilidade? A imigração? Ou a uma revolução agrária ou industrial? Consoante o país em análise, deve-se ter em conta a sua própria diversidade. Por isso, uma causa que serve a uma nação já não será relevante para outra, dependendo das conjunturas vividas por cada uma delas no período em análise.
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