Nos textos a seguir, Lya Luft, escritora, recorreu a diferentes tipos de orações, com vistas à construção de sentidos pretendidos. Percebe-se, por exemplo, que a conjunção “mas”, comum às coordenadas, apresenta-se, de diferentes formas, nos três enunciados. O amor nos tira o sono, nos tira do sério, tira o tapete debaixo dos nossos pés, faz que nos defrontemos com medos e fraquezas aparentemente superados, mas também com insuspeita audácia e generosidade. (Lya Luft) A máscara do Arlequim não serve apenas para o proteger quando espreita a vida, mas concede-lhe o espaço de a reinventar. (Lya Luft) Desculpem, mas preciso lhes dizer: EU quero o delírio. (Lya Luft)
A partir do exposto, analise as afirmações a seguir.
I. Nos três enunciados, a conjunção “mas” apresenta um sentido de adversidade quanto ao destacado na(s) oração(ões) anterior(es), embora em “mas preciso lhes dizer”, fique subentendido essa intenção.
II. Tanto em “mas também com insuspeita audácia e generosidade” quanto em “mas concede-lhe o espaço”, a conjunção “mas” apresenta sentido de adição, pois acrescenta, consecutivamente, consequências do amor e a função da máscara do arlequim.
III. Em “mas preciso lhes dizer”, a oração classifica-se como coordenada adversativa por apresentar uma ação do falante que, provavelmente, não corresponderá à ação de seus interlocutores, ou seja, preferir o delírio à lucidez.
IV. Em “mas concede-lhe o espaço, nota-se a ausência da palavra “também” que deveria, conforme a gramática normativa e o sentido estabelecido na oração, formar a locução conjuntiva com o “mas”.
É correto o que se afirma em Alternativas
Alternativa 1: I, apenas.
Alternativa 2: II, apenas.
Alternativa 3: III, apenas.
Alternativa 4: III e IV, apenas. Alternativa 5: II, III e IV, apenas.
