O resumo é um gênero textual que todo acadêmico e todo professor deve dominar e fazer com tranquilidade. Afinal, ele faz parte do processo de formação e, sem dúvida, colaborará para que o percurso de estudos e profissional seja mais proveitoso.
A seguir, apresentamos orientações básicas para a elaboração de um bom resumo:
No primeiro período do resumo, você deve apresentar o assunto principal e a fonte completa.
A escolha dos verbos é importantíssima: o que o autor faz nos diferentes trechos do texto? Discute? Analisa? Critica? Questiona?
A partir do segundo período, você precisa mostrar que compreendeu a sequência de informações e a relação estabelecida pelo autor entre elas.
Para isso, você deve usar os “ganchos” adequados: Para o autor...; De acordo com fulano (sobrenome)...; O articulista ainda ressalta...
Os elementos coesivos são muito importantes para evidenciar a relação entre as ideias apresentadas e demonstrar que a essência do texto foi captada.
E o que não pode ter em um resumo?
Não podem ser acrescentadas ideias ou informações que não estão no texto original.
Não faça comentários e não apresente opiniões.
Não use 1.ª pessoa.
Agora que você já leu sobre como fazer um bom resumo, convido para a leitura do texto intitulado “O que ensinar em Língua Portuguesa”. Leia com atenção, pois a atividade será realizada com base nele.
O que ensinar em Língua Portuguesa
Autora: Beatriz Santomauro
Publicado em: 01 de abril de 2009
Revista Nova Escola
Até os anos 1970, o processo de aprendizagem da Língua Portuguesa era comparado a um foguete em dois estágios, como bem pontuam os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). O primeiro ia até a criança ser alfabetizada, aprendendo o sistema de escrita. Já o seguinte começaria quando ela tivesse o domínio básico dessa habilidade e seria convidada a produzir textos, notar as normas gramaticais e ler produções clássicas.
A partir dos anos 1980, o ensino não é mais visto como uma sucessão de etapas, e sim um processo contínuo. "O aluno precisa entrar em contato com dificuldades progressivas do conteúdo. Desse modo, desenvolve competências e habilidades diferentes ao longo dos anos", diz Maria Teresa Tedesco, professora do Colégio de Aplicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
As situações didáticas essenciais para o Ensino Fundamental passaram a ser: ler e ouvir a leitura do docente, escrever, produzir textos oralmente para um educador escriba (quando o aluno ainda não compreende o sistema) e fazer atividades para desenvolver a linguagem oral, além de enfrentar situações de análise e reflexão sobre a língua e a sistematização de suas características e normas.
Essa nova concepção apresentava inúmeras diferenças em relação a perspectivas anteriores. Desde o século 19 até meados do 20, a linguagem era tida como uma expressão do pensamento. Ler e escrever bem eram uma consequência do pensar e as propostas dos professores se baseavam na discussão sobre as características descritivas e normativas da língua. "O objeto de ensino não precisava ser a linguagem", explica Kátia Lomba Bräkling, coautora dos PCNs e professora do Instituto Superior de Educação Vera Cruz, em São Paulo.
Com base nas orientações sobre como fazer um resumo, elabore um resumo, de cinco a dez linhas, do texto “O que ensinar em Língua Portuguesa” de Beatriz Santomauro.