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Sagot :
Resposta: A globalização e a internacionalização levaram empresas que antes atuavam
localmente a buscar novos mercados no exterior. E, no processo de integração produtiva,
encontraram no exterior a oportunidade de terceirizar seu processo produtivo, reduzindo
custos e utilizando fornecedores especializados. Com a redemocratização da América do Sul,
o processo de integração produtiva tornou-se pauta nas reuniões do MERCOSUL. O bloco
econômico sul-americano já aprovou investimentos e negociações entre os países membros e
os outros países da América Latina, liderados principalmente por Brasil e Argentina. Dentro
deste contexto, o objetivo deste artigo é analisar os fatores que induzem e inibem a
internacionalização da produção brasileira via integração produtiva na America Latina. Para
atingir o objetivo foi utilizado um método qualitativo-descritivo. Os dados foram coletados
através de documentos e seis entrevistas semi-estruturadas com representantes do governo
brasileiro e empresas que utilizam a estratégia de integração produtiva. Para interpretação e
discussão dos dados foi utilizada a análise de conteúdo, de acordo com a abordagem utilizada
por Bardin (1977). Através das análises de conteúdos feitas nas entrevistas foram geradas
onze categorias intermediárias, que, por fim geraram três categorias finais (estratégias,
indutores e inibidores da integração produtiva na América Latina. Os dados demonstram um
esforço dos governos em realizar o processo de integração produtiva. Com o Brasil tomando a
frente das negociações, estratégias de integração foram propostas, visando à participação de
países da America Latina, Caribe e África. Além disso, as disparidades no desenvolvimento
social e industrial dos países sul-americanos motivaram a criação de um fundo de
fortalecimento estrutural do MERCOSUL, que conta com investimentos do Brasil (70% do
valor total do fundo), Argentina (27%), Uruguai (2%) e Paraguai (1%), sendo a utilização do
fundo inversamente proporcional ao investimento dos países. Por outro lado, no que tange ao
interesse das empresas, a integração produtiva ocorre muito mais com características intrafirma do que inter-firma. E, embora os governos estabeleçam tributações favoráveis, a decisão
sobre a internacionalização e a permanência no país estrangeiro é unicamente da empresa,
enfraquecendo as chances de sucesso da integração. Por fim, mesmo que historicamente haja
diferenças culturais entre os países, a integração produtiva está evoluindo gradativamente,
demonstrando grandes possibilidades de fortalecimento do MERCOSUL frente a outros
blocos econômicos.
Explicação:
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