Os escravos, na África, eram prisioneiros de guerra, membros de etnias rivais ou se tornavam escravos devido à dívidas. A obtenção do escravo não era por meio do comércio e o escravo não era uma mercadoria, como na escravidão atlântica estabelecida por europeus.
Algumas pessoas eram escravizadas como punição por algum delito, como roubo.
Contexto da escravidão tradicional na África
Em grande maioria, os cativos tinham direito à parte de sua produção, direito a possuir terras e se casar (incluindo com pessoas livres). Tinham algum nível de integração social e os filhos das escravas nasciam livres. Essa integração à sociedade garantia a linhagem da etnia.
Nessas sociedades a riqueza de um povo era medida pela quantidade de terras e pela quantidade de pessoas disponíveis para trabalhar nessas terras. Assim, esse tipo de escravidão se insere nesse contexto.
Escravidão Islâmica
Com a conquista árabe do norte da África, o comércio de escravos e a ideia de escravo como mercadoria foram introduzidos. Nessa cultura, os muçulmanos não poderiam ser escravizados.
Nessas sociedades islâmicas, os escravos cumpriam variados tipos de trabalhos como carregadores em caravanas, artesãos, trabalhos domésticos, e outros.
Nesse período não há uma significativa mudança no contexto da escravidão tradicional africana.
Tráfico Negreiro
A partir do século XV, com a utilização de escravos africanos nas colônias europeias, o contexto tradicional africano é completamente modificado. Um intenso comércio é estabelecido e a quantidade de pessoas escravizadas tem um grande salto.
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