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Quem é o hospedeiro do schistosoma mansoni e qual é o ciclo reprodtivo dele e qual doença ele ainda é responsável em nosso Brasil?

Sagot :

Resposta:

O homem é o hospedeiro definitivo de maior importância epidemiológica desse platelminto, enquanto caramujos de água doce, do gênero Biomphalaria, são os hospedeiros intermediários. Isso significa que, para completar seu ciclo de vida, o Schistosoma mansoni necessita do caramujo.

O ciclo inicia quando o homem doente elimina fezes e elas atingem o ambiente aquático. Em contato com a água, o ovo libera o miracídio, o qual infecta o caramujo. O caramujo libera a cercária, forma capaz de infectar o homem.

DOENÇA : esquistossomose . É  uma doença infecto-parasitária também chamada de barriga d’água, doença do caramujo e xistose. Ela acomete pessoas que entram em contato com a água que contenha cercárias. O homem é responsável pela contaminação desses ambientes, quando o doente elimina suas fezes contendo ovos do parasita e estes entram em contato com o ambiente aquático. A doença pode acometer pessoas de diferentes cores, sexos e idades.

Explicação:

Um indivíduo doente inicia o ciclo de transmissão ao eliminar suas fezes contendo ovos do parasita. Esses ovos, em ambiente aquático, absorvem água e rompem a casa, liberando uma forma larval do Schistosoma mansoni denominada miracídio. O miracídio busca ativamente pelo caramujo do gênero Biomphalaria, seu hospedeiro intermediário.

No interior do hospedeiro intermediário, o miracídio sofre uma série de modificações, transformando-se em cercárias. As carcárias são liberadas do corpo do caramujo para o ambiente aquático, no qual nadam ativamente. A liberação da cercária é influenciada pela luz solar e a temperatura da água, ocorrendo geralmente entre 11 h e 15 h, período que coincide com quando mais pessoas buscam se refrescar nos ambientes aquáticos.

As cercárias são as formas larvais que infectam o hospedeiro definitivo. Elas penetram ativamente na pele do homem, dando origem a uma irritação no local da penetração que varia de intensidade de uma pessoa para outra.

No hospedeiro definitivo, as cercárias perdem a cauda e se transformam em esquistossômulos, os quais caem na circulação sanguínea e/ou linfática e seguem em direção ao coração e pulmão, nos quais permanecem por certo tempo. Os parasitas retornam ao coração posteriormente e são levados pelas artérias para diferentes partes do corpo, sendo seu local preferencial de localização o fígado.

No fígado, as formas jovens se alimentam e se diferenciam sexualmente. Os parasitas migram para as veias do intestino, nais quais eles se acasalam. Ocorre então a postura dos ovos, e estes migram para a luz intestinal. Os ovos do parasito são eliminados pelo doente com as fezes. Uma fêmea pode produzir cerca de 300 ovos diariamente, sendo metade desse número eliminada pelas fezes.