A coruja e a águia A CORUJA E ARGUIA Coruja e águia, depois de muita briga resolveram fazer as pazes. Basta de guerra O mundo é grande, e tolice maior que o mundo é andamos a disse a coruja. comer os filhotes uma da outra. 皇 Perfeitamente — respondeu a águia. Também eu não quero outra coisa. Nesse caso combinemos isso: de agora em diante não comerás nunca os meus filhotes. Coisa fácil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo, alegres, cheios de Muito bem. Mas como posso distinguir os teus filhotes? uma graça especial, que não existe em filhote de nenhuma outra ave, já sabes, são Os meus. Dias depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três monstrengos dentro, que piavam de - Está feito! – concluiu a águia. bico muito aberto, Horríveis bichos! E comeu-os. Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca a triste mãe chorou amargamente o desastre e foi ajustar contas com a rainha das aves. Quê? — disse esta admirada. — Eram teus filhos aqueles monstrenguinhos? Pois, olha não se pareciam nada com o retrato que deles me fizeste... Moral da história: Para retrato de filho ninguém acredite em pintor pai. Já diz o ditado: quem ama o feio, bonito lhe parece. CONSTRUINDO O SENTIDO DO TEXTO - disse ela. — Vê-se logo que não são os filhos da coruja. Em: Fábulas, Monteiro Lobato, São Paulo, Brasiliense, s/d, 20a edição,
01. Quem são os personagens principais?
02. A fábula tem algumas características especiais. Quais são elas?
03. Como a coruja descreveu seus filhotes?
04. Segundo a moral, há uma diferença no modo de as pessoas perceberem as outras. Explique.
05. Por que a águia não reconheceu os filhotes da coruja?
07. Transcreva uma fala de cada personagem do texto: