Para realizar o desafio desta Unidade, considere a situação totalmente hipotética abaixo. A ONG Verdejante, que estuda comunidades ao redor do mundo, identificou uma interação mutualística entre uma bactéria e uma espécie de alga nos pântanos da ilha de Trinidad, da República de Trinidad e Tobago, nas Antilhas. A ONG Verdejante batizou a alga de Alga Violeta, pela coloração característica quando a interação com a bactéria é estabelecida. A paisagem dos pântanos de Trinidad mudou pelo colorido, que atraiu muitos flamingos à procura de alimento para os seus filhotes, na época de nidificação. Porém, uma equipe da Verdejante, responsável por monitorar a população de flamingos em processo de migração, detectou a morte de um grande número de indivíduos nos meses subsequentes ao consumo da alga Violeta. E mais, animais ruminantes, bovinos que compartilharam o ambiente com os flamingos, também apresentaram taxa de mortalidade elevada. E ainda houve eventos de morte desconhecida em humanos nas comunidades nos arredores de lagos para onde os flamingos migraram. A equipe da Verdejante buscou parceria com os pesquisadores em zoonoses do laboratório Verde Escuro para entender os fatos ocorridos. Após um período de estudo científico da ecologia de comunidades, a equipe concluiu que a bactéria em mutualismo com a alga Violeta, quando em contato com a flora intestinal dos flamingos desenvolve uma modificação genética, a qual foi batizada pelos pesquisadores de Bactéria Rosa. A bactéria Rosa, ao entrar na corrente sanguínea dos flamingos, causa morte por hemorragia interna num período entre 7 a 10 dias após a ingestão. Uma vez que os restos mortais dos flamingos ficarem nos campos, os bovinos entram em contato com a bactéria Rosa, ao ingerirem pasto contaminado. A bactéria desenvolve-se nos bovinos ao entrar em contato com a corrente sanguínea. Os bovinos morrem por hemorragia interna, também em um prazo entre 7 a 10 dias. Porém, não há sintomas, nem nas aves, nem nos bovinos. A morte é repentina. . Por isso, através de bovinos já contaminados que vão para o abate e são consumidos por humanos, a bactéria Rosa é transmitida.

Em função da relação interespecífica da bactéria e a alga, a doença foi batizada de Rosa Violeta.

Nesse momento, a equipe precisa elaborar uma estratégia de combate à doença Rosa Violeta.

Você foi convidado a integrar a equipe, por ser um conhecedor dos temas ecológicos que envolvem as interações interespecíficas, a estrutura de comunidades, a capacidade de sustento do meio e os fatores que determinam a distribuição das espécies.

Para atender à solicitação da equipe, inicie construindo um modelo de relações tróficas e interespecíficas entre as populações envolvidas da comunidade em estudo, indicando cada tipo de relação interespecífica existente no âmbito da doença Rosa Violeta.

Identifique qual população deve ser alvo de estratégias de manejo para o sucesso no combate à doença. Explique se o controle dessa população envolve os modelos bottom-up ou up-down de estrutura de comunidades, e como será a alteração no tamanho (aumento ou diminuição) dessa população para diminuir a incidência da doença Rosa Violeta. E para encerrar o relatório, indique em que local no globo terrestre é provável que a doença apareça, considerando o comportamento dos flamingos.