Devemos considerar que cada um de nós é um ente no mundo em que estamos incluídos. Vivemos num Universo composto de elementos que não são neutros, pois dependemos uns dos outros. Pode-se dizer que todas as coisas e todos os seres têm uma nota peculiar. São elas boas ou más, feias ou belas, úteis ou inúteis, em suma, representam alguma coisa para nós. Costumamos falar em valor quando dizemos do aspecto econômico. Quando afirmamos por exemplo que uma televisão vale R$ 1.500,00 e um par de tênis custa R$ 200,00. Valorizamos as mais diferentes coisas. O nosso valorar recai sobre todos os objetos possíveis: água, pão, vestuário, saúde, livros, homens, opiniões, atos. Tudo isso é objeto das nossas apreciações. Em realidade o valor serve para designar o que de qualquer modo vale para o homem, logo, tudo aquilo que satisfaz ao homem vale, pois é objeto de seu interesse. Os valores não existem por si mesmos, precisam de uma pessoa para que possa existir. A beleza de um quadro é um bom exemplo, uma vez que se está a observá-lo, será possível ver que ele possui qualidades objetivas como: a extensão, o peso e as cores. O quadro não pode existir sem essas qualidades. Entretanto, a beleza do quadro, embora objetiva, é atribuída a ele por outro subjetivamente. Numa reflexão sobre a educação não se pode deixar de lado o papel do “não-valor” e do “contravalor”. Considera-se por não valor aquilo que é indiferente, que nada representa para o sujeito por não corresponder as suas necessidades. O não-valor pode ser o resultado de uma desvalorização feita pelo homem, que retira um valor dando origem ao não-valor. É o caso de quem vive na Serra não apreciar um passeio de barco nas manhãs de boa maré. Não significa que tal distração não tenha valor. No processo de desvalorização o valor permanece existindo independente do sujeito. O homem é um ser que não pode viver em sociedade sem regras de justiça e respeito ao outro, o que o faz criar normas e prescrições que regulamentam o comportamento dos indivíduos. Quando se perde o parâmetro da moralidade, mesmo que seja em nome da modernidade, estamos diante da instalação de um contravalor. O contravalor é o que se opõe ao valor. O que visa a um objeto prejudicial. Um exemplo claro de contravalor é o da economia com base na degradação ambiental, como foi o caso da monocultura e do extrativismo do pau-brasil, que criaram grandes extensões de área desértica no Brasil. Sabe-se hoje que tais formas de degradação poderão levar o planeta Terra à extinção. Este é o caso de um contravalor vital, pois é nocivo por restringir a vida e a saúde de todos. Outro exemplo de nocividade refere-se ao ato de soltar balões em festas juninas, hábito que se disseminou de tal forma que acabou virando tema de concursos e competições. Durante muito tempo isto ocorreu, até por desconhecer-se a extensão do perigo ocasionado por tal prática. A luta da educação resume-se nesse esforço contínuo para a promoção do valor e o combate ao contravalor.
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