Leia o excerto da obra "quarto de despejo": "17 de julho Domingo. Um dia maravilhoso. O céu azul sem nuvem. [. ]. Fui buscar agua. Fiz café. Tendo só um pedaço de pão e 3 cruzeiros. Dei um pedaço a cada um, puis feijão no fogo que ganhei ontem do Centro Espirita da Rua Vergueiro 103. [. ]. Os filhos pediram pão. Dei os 3 cruzeiros ao João José para ir comprar pão. Hoje é a Nair Mathias quem começou a impricar com os meus filhos. [. ]. Oh! Se eu pudesse mudar daqui para um núcleo mais decente". (JESUS, 2014, p. 12). JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. São Paulo: Atica, 2014. Disponível em: < ://coletivoleitor/wp-content/uploads/2019/11/quarto-de-despejo. Pdf>. Acesso em: 24 mar. 2021. Você é a professora da Escola Flordelis, situada em um bairro de classe média alta e para tratar da variação linguística, lançou como tarefa a leitura "diário de uma favelada", para que os alunos reflitam, por meio das palavras, sobre a desigualdade social de uma parcela da população, sem deixar de reconhecer também as desigualdades linguísticas que limitam a ascensão das pessoas com acesso limitado à educação. Pediu para os alunos analisarem o texto e apresentar, analiticamente, uma tipologia linguística (geográfica, diastrática, diafásica ou diacrônica). A aluna Michelle fez uma análise na variação do verbo "implicar", registrado "impricar". Com base nas informações apresentadas, avalie as asserções a seguir e a relação poroposta entre elas. I) Para Michelle, dentre as inúmeras variações registradas, a que mais lhe chamou a atenção foi a variação do verbo "implicar" (impricar) que pode ser classificada como diastrática, através do rotacismo, ou seja, a troca da consoante "l" pelo "r" explicita a classe social de uma mulher que luta, cotidianamente, para alimentar seus filhos e não se deixa emudecer pelo preconceito linguístico. PORQUE II) Apesar de ser uma variação que não esconde a falta de acesso à educação e aos bens básicos de sobrevivência, Carolina de Jesus usa.